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Petrobras fez
"escolha política",
diz especialista
DA SUCURSAL DO RIO
Para Adriano Pires, especialista em petróleo do CBIE
(Centro Brasileira de Infra-Estrutura), a escolha de um
aumento dos combustíveis
da ordem de 10% (na refinaria) "foi política".
Pires disse à Folha que o
aumento deveria ter sido
maior, considerando a defasagem em relação aos preços
internacionais. No entanto,
segundo ele, o governo optou por uma elevação mais
modesta para não pressionar a inflação nem parecer
uma medida "impopular"
num ano eleitoral.
Pelos cálculos de Pires, que
foi assessor da ANP no governo FHC, a defasagem da
gasolina e do diesel em relação aos preços externos era,
até a semana passada, de
32% e 17%, respectivamente.
Pires disse que os reajustes
na refinaria teriam de ser de
18% no caso da gasolina e de
15% no do diesel para compensar a defasagem desde o
início do ano, quando o petróleo começou a subir.
O especialista calcula que,
com os percentuais de aumento anunciados ontem, a
elevação do preço na bomba
será de 6% para a gasolina e
de 9,6% para o diesel.
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