São Paulo, sexta-feira, 15 de junho de 2007

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Law Kin Chong passa a cumprir pena em regime aberto

Apontado pela PF como maior contrabandista do Brasil, empresário cumpria pena por tentar subornar deputado

Decisão foi motivada por "bom comportamento" do empresário; defesa requer absolvição, e acusação, pena maior no caso


Antônio Gaudério - 21.dez.05/Folha Imagem
O empresário Law Kin Chong


DENISE BRITO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O empresário chinês Law Kin Chong, 46, apontado pela Polícia Federal como o maior contrabandista do Brasil, deixou o Instituto Penal Agrícola de Bauru (343 km de SP) na tarde de ontem para cumprir em regime aberto o restante da pena de quatro anos de detenção a que foi condenado.
Ele cumpriu parte da pena na Penitenciária de Guarulhos (Grande São Paulo) antes de ser transferido, em março, para o instituto penal de Bauru, onde trabalhava no refeitório.
O caso será encaminhado a uma vara de execução criminal de São Paulo para continuar o processo. Há apelação tanto da defesa quanto da acusação pela mudança da sentença.
A progressão de regime foi autorizada pelo juiz Enio Moz Godoy, da 2ª Vara de Execuções Criminais de Bauru.
O empresário estava preso desde 1º de junho de 2004 em regime semi-aberto sem direito aos benefícios de saída normais nessa condição. Segundo a defesa, os benefícios foram negados por haver possibilidade de a pena de Chong ser aumentada por conta da apelação da procuradoria -que pede pena de 8,5 anos de detenção.
A defesa pede a absolvição do empresário baseada na "quantidade imensa de incertezas e dúvidas que permeiam o processo", afirma Tales Castelo Branco, um dos três advogados do empresário. Segundo ele, o pedido de habeas corpus deu "um trabalho infernal". "Além da sustentação oral, realizamos um memorial diferente para cada um dos três ministros do STF. O memorial tem como objetivo rememorar os argumentos de maneira resumida e incisiva", explica Castelo Branco.
O bom comportamento de Chong teria motivado o STF a afastar o impedimento de progressão na última semana e deixado a apreciação do pedido de habeas corpus ao juiz de Bauru.
Law Kin Chong foi condenado por tentar subornar, com US$ 2 milhões, o presidente da CPI da Pirataria, deputado Luiz Antonio Medeiros (PL-SP), para suavizar sua participação em crimes de falsificação de mercadorias e lavagem de dinheiro.


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