São Paulo, Terça-feira, 15 de Junho de 1999
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Bacia do Paraná atrai mais interessados

da Sucursal do Rio

O banco de dados sobre a bacia do Paraná (terrestre), onde a Petrobrás encontrou indícios de gás natural, foi o que atraiu o maior número de interessados, segundo o diretor-geral da ANP, David Zylbersztajn. Ele se disse surpreso.
As empresas tinham que pagar de US$ 25 mil a US$ 150 mil para acessar as informações sobre uma bacia. O pacote total da primeira rodada das licitações, que engloba 27 áreas, custava US$ 350 mil.
A bacia do Paraná já foi até menosprezada pelo setor, por dois motivos: tem uma camada de basalto de 1 km de espessura que dificulta os trabalhos sísmicos -essenciais para mapear a possibilidade de encontrar petróleo e gás- e foi alvo de descobertas posteriormente desmentidas, entre os anos 70 e 80, conta o consultor Jean-Paul Prates, da Expetro, empresa que dá assessoria para grupos interessados nas licitações.
Técnicos do IBP (Instituto Brasileiro do Petróleo) dizem que a bacia do Paraná deverá atrair empresas interessadas em integrar sistemas de produção de energia elétrica, como termelétricas.
As empresas interessadas no leilão das áreas de exploração estão formando consórcios para começar os diversos negócios. A Petrobrás já havia anunciado que deverá participar, via parcerias, de menos da metade dos leilões.
Até agora, uma empresa anunciou formalmente que não vai participar dos leilões: a Vale do Rio Doce. Há rumores de que outra companhia de capital nacional, a Marítima, desistiu. Assim, restariam apenas duas empresas de capital nacional na concorrência, das 38 inicialmente habilitadas: a Queiroz Galvão e a Petrobrás.
A Folha apurou que um consórcio foi formado para disputar a área da bacia do Amazonas. As 38 empresas depositaram a caução de R$ 500 mil.


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