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RETOMADA
Em maio, houve crescimento industrial em todas as 14 regiões pesquisadas pelo IBGE; veículos e máquinas lideram alta
Produção aumenta 11,7% em SP e "puxa" expansão no país
CHICO SANTOS
DA SUCURSAL DO RIO
A produção industrial de São
Paulo medida pelo IBGE cresceu
11,7% em maio, em relação a maio
de 2003, mantendo-se na liderança do processo de recuperação da
atividade industrial do país. Só
que em maio o IBGE constatou
crescimento em todos os 14 locais
pesquisados, enquanto em abril
houve três resultados negativos.
"São Paulo está puxando a média nacional para cima, mas há
um crescimento generalizado",
disse Isabella Nunes Pereira, gerente de Análise de Conjuntura
do Departamento de Indústria do
IBGE. As produções de veículos,
máquinas e equipamentos e de
equipamentos de comunicação
(principalmente telefones celulares) lideram a recuperação.
A última vez em que houve crescimento da produção em todos os
locais que fazem parte da pesquisa industrial regional do IBGE foi
em março deste ano. Também em
março foi a última vez em que a
indústria paulista cresceu mais do
que em maio (14,3%).
Mas, de acordo com Pereira, o
dado de março é problemático
porque ele sofreu forte impacto
da base de comparação, março de
2003. Como o Carnaval de 2003
foi em março, no mesmo mês
deste ano o número de dias trabalhados foi maior, gerando uma
comparação distorcida.
Os dados de maio revelam que a
maior taxa de crescimento da
produção no mês foi a do Amazonas, com 20,7%. São Paulo ficou
em terceiro lugar, perdendo também para Goiás (13,6%).
Mas, como o peso da produção
paulista representa quase a metade da produção total (43%), seu
impacto no crescimento de 7,8%
da produção nacional (divulgado
na semana passada) é muito
maior que o da indústria amazonense, cujo peso é de só 3,3%.
O crescimento mais baixo da
pesquisa do IBGE, na comparação de maio deste ano com maio
de 2003 foi o do Espírito Santo,
1,2%, seguido do Rio de Janeiro,
com 1,4%. No acumulado dos cinco primeiros meses do ano, comparados com o mesmo período
do ano passado, o Rio é o único
local que ainda aparece com resultado negativo (-0,7%).
A baixa produção do Rio, segundo o IBGE, está relacionada
com paradas programadas de
plataformas de petróleo, produto
do qual o Estado detém mais de
70% da produção nacional.
O Amazonas apresenta o maior
crescimento também no acumulado (16,7%), seguido de São Paulo (9,3%). Nos 12 meses encerrados em maio, o crescimento é liderado também pelo Amazonas
(11%), seguido de Pará e Paraná
(6,3% cada um). Em São Paulo, a
taxa está em 3,4%, acima da média nacional de 2,8%.
De acordo com a analista do IBGE, "as exportações ainda estão
alavancando os resultados da indústria", acompanhadas de perto
pela demanda do agronegócio
por bens industriais.
Mas ela ressaltou que, nos últimos meses, é cada vez maior a
participação dos bens de consumo duráveis destinados ao mercado interno no aumento da produção, graças à maior disponibilidade de crédito no mercado.
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