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Alvos da disputa
com a Argentina
lideram retomada
DA SUCURSAL DO RIO
Refrigeradores, aparelhos de
televisão em cores e automóveis, três produtos que estão no
olho do furacão da mais recente disputa comercial entre Brasil e Argentina, estão na primeira fila dos que lideram a recuperação industrial brasileira
nos últimos meses, de acordo
com o IBGE.
Os veículos automotores estão liderando o crescimento da
produção em São Paulo (35%
em maio e 28,9% de janeiro a
maio) e na maioria dos locais
do país onde há indústria automobilística, como Paraná (21%
em maio), Minas Gerais
(23,6%) e Rio de Janeiro
(29,5%).
A Argentina entende que o
Brasil, ao reduzir sua tarifa de
importação de autopeças, baixou artificialmente o custo dos
carros aqui produzidos e ainda
reduziu a competitividade das
autopeças argentinas em relação a outros possíveis fornecedores à indústria brasileira.
Os refrigeradores, segundo o
IBGE, são o item de maior peso
no crescimento de 23,7% da
produção de máquinas e equipamentos em São Paulo em
maio (o órgão não mede o crescimento por produto) e de
15,9% no ano.
Em Santa Catarina, outro importante produtor de geladeiras do país, a produção de máquinas e equipamentos liderou
o crescimento geral de 11,3% da
indústria em maio, com expansão de 25,2%.
A recente disputa entre Brasil
e Argentina está sendo chamada de "guerra das geladeiras"
porque o vizinho decidiu exigir
autorização prévia para a importação de geladeiras, fogões e
máquinas de lavar brasileiros.
De acordo com a pesquisa do
IBGE, a expansão de 20,7% da
indústria do Amazonas em
maio teve como principal motivo o crescimento de 31% na
produção de material eletrônico e de comunicação na Zona
Franca de Manaus.
O item de maior impacto no
crescimento da produção amazonense foram os aparelhos de
TV em cores.
Na mesma portaria que passou a exigir anuência prévia para a compra de geladeiras do
Brasil, o governo argentino taxou em 21% as importações de
aparelhos de TV produzidos
em Manaus.
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