São Paulo, quinta-feira, 15 de julho de 2004

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Alvos da disputa com a Argentina lideram retomada

DA SUCURSAL DO RIO

Refrigeradores, aparelhos de televisão em cores e automóveis, três produtos que estão no olho do furacão da mais recente disputa comercial entre Brasil e Argentina, estão na primeira fila dos que lideram a recuperação industrial brasileira nos últimos meses, de acordo com o IBGE.
Os veículos automotores estão liderando o crescimento da produção em São Paulo (35% em maio e 28,9% de janeiro a maio) e na maioria dos locais do país onde há indústria automobilística, como Paraná (21% em maio), Minas Gerais (23,6%) e Rio de Janeiro (29,5%).
A Argentina entende que o Brasil, ao reduzir sua tarifa de importação de autopeças, baixou artificialmente o custo dos carros aqui produzidos e ainda reduziu a competitividade das autopeças argentinas em relação a outros possíveis fornecedores à indústria brasileira.
Os refrigeradores, segundo o IBGE, são o item de maior peso no crescimento de 23,7% da produção de máquinas e equipamentos em São Paulo em maio (o órgão não mede o crescimento por produto) e de 15,9% no ano.
Em Santa Catarina, outro importante produtor de geladeiras do país, a produção de máquinas e equipamentos liderou o crescimento geral de 11,3% da indústria em maio, com expansão de 25,2%.
A recente disputa entre Brasil e Argentina está sendo chamada de "guerra das geladeiras" porque o vizinho decidiu exigir autorização prévia para a importação de geladeiras, fogões e máquinas de lavar brasileiros.
De acordo com a pesquisa do IBGE, a expansão de 20,7% da indústria do Amazonas em maio teve como principal motivo o crescimento de 31% na produção de material eletrônico e de comunicação na Zona Franca de Manaus.
O item de maior impacto no crescimento da produção amazonense foram os aparelhos de TV em cores.
Na mesma portaria que passou a exigir anuência prévia para a compra de geladeiras do Brasil, o governo argentino taxou em 21% as importações de aparelhos de TV produzidos em Manaus.


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