São Paulo, quinta-feira, 15 de agosto de 2002

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PAINEL S.A.

Otimismo
O Iedi (Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial) elevou suas projeções para o saldo da balança comercial deste ano para US$ 6,5 bilhões, com o dólar fechando em R$ 2,90 no fim do ano. No começo de 2002, a estimativa era de um saldo de US$ 4,1 bilhões.

Participação da indústria
Júlio Sérgio de Almeida (Iedi) diz que todo o crescimento do saldo neste ano se deve à indústria. Com a alta do câmbio, a indústria reduziu suas importações por conta da substituição por nacionais e pela redução da atividade econômica.

Ética
Luiz Fernando Figueiredo (BC) e Eduardo Sampaio, presidente da Kroll, irão participar amanhã do debate "Ética nos negócios", promovido pela Câmara Britânica de Comércio.

Perdas
A Kroll calcula que 86% das empresas consideram a fraude uma ameaça e 65% dizem já ter sido vítimas. As perdas com fraudes no mundo são estimadas em US$ 400 bilhões ao ano. O diretor do BC vai falar sobre fraude e corrupção no setor público.

Contribuição científica
Antônio Ermírio de Moraes (Votorantim), Carlos Ivan Simonsen Leal (FGV) e Jorge Gerdau Johannpeter (Grupo Gerdau) recebem hoje a Ordem Nacional do Mérito Científico, na classe da Grão Cruz. A honra deve ser entregue pelo próprio Fernando Henrique Cardoso.

Direto ao consumidor
As vendas diretas ao consumidor cresceram 27,9% no segundo trimestre em comparação aos primeiros três meses do ano, com um faturamento de R$ 1,67 bilhão, de acordo com a ABEVD, associação brasileira do setor. O primeiro semestre acumula crescimento de 11,8%.

Dinheiro de plástico
O volume de vendas efetuadas com cartões Visa no Brasil teve em julho seu maior crescimento no ano. Foram R$ 3,478 bilhões, 28,50% a mais do que em julho de 2001. No acumulado de janeiro a julho, o aumento foi de 25,04%.

Amiga da criança
Além de apresentar experiências de projetos sociais de empresas, será lançada no seminário nacional das empresas amigas da criança a publicação "Incentivos fiscais em benefício de crianças e adolescentes". O evento, organizado pela Abrinq, acontece terça e quarta, em São Paulo.

Limpo e caro
O mercado de sabonetes aumentou o volume de suas vendas em 6,5% no primeiro semestre do ano, em comparação com os últimos seis meses de 2001. O resultado foi maior mesmo em valores: o faturamento cresceu 10,1%, segundo a LatinPanel.

Investimento
A americana E.piphany acaba de anunciar investimentos de R$ 4,5 milhões para este ano no Brasil. O país representa 2% das vendas da empresa de tecnologia no mundo.

Vale tudo
Pela primeira vez desde sua inauguração em 1999, o shopping center Light (SP) irá realizar uma promoção, entre amanhã e sábado, com descontos de até 70%. A intenção é aumentar as vendas até 60%.

E-mail -
guilherme.barros@uol.com.br

ANÁLISE

Pragmatismo

A decisão do BC de voltar atrás na marcação a mercado é uma demonstração de erro da adoção dessa medida em maio. O maior erro do BC nem foi a antecipação da medida em maio, mas o de ter anunciado com antecedência o mês de setembro para mudar as regras do jogo. O mercado se antecipou às mudanças. Os grandes investidores começaram a sacar os recursos dos fundos para evitar perdas. Os pequenos seriam os mais prejudicados. Em maio, muitos fundos já registravam captação negativa. Para Gustavo Loyola, ex-BC, pelo menos agora, ao voltar atrás, o BC foi pragmático. "O BC tem de ser pragmático, e não dogmático", diz. Antes de adotar a marcação a mercado, era preciso ter mercado. "O mercado é muito pequeno."

NO MERCADO

O Ibovespa não teve um dia de fortes altas ontem. As ações preferenciais da Bradespar lideraram as valorizações. Subiram 2%. Em seguida veio Telemig PN, 1,9%, e Celesc PNB, 1,8%. A maior queda do dia foi da Tele Centro Oeste PN, 16%.

FRASE

"O ideal é a marcação a mercado. Mas que mercado?"


Gustavo Loyola, ex-BC, ao comentar que muitos mercados de títulos no Brasil são muito pequenos para adotar a marcação a mercado

NÚMEROS

0,50%
Foi a alta do custo da cesta básica ontem em São Paulo. O custo foi a R$ 166,13, diz o Dieese/Procon.

4,53%
É a alta do custo de vida da classe média paulistana em 12 meses, diz a Ordem dos Economistas de SP.


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