São Paulo, quinta-feira, 15 de agosto de 2002

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Dólar caro reduz ganho da Vale no 2º trimestre

DA SUCURSAL DO RIO

O lucro líquido da Companhia Vale do Rio Doce, maior mineradora de ferro do mundo, caiu de R$ 633 milhões no primeiro trimestre deste ano para R$ 85 milhões no segundo. O resultado também é inferior ao do mesmo período -segundo trimestre- de 2001, quando a empresa obteve lucro de R$ 546 milhões.
A Vale responsabilizou a valorização do dólar e seu impacto nas dívidas em moeda americana da empresa pela queda do lucro. A desvalorização do real provocou perdas de R$ 997 milhões no segundo trimestre deste ano.
A queda no lucro ocorreu apesar de a mineradora ter obtido receita operacional bruta de R$ 1,843 bilhão no segundo trimestre de 2002 -o melhor resultado em um período trimestral da história da companhia.
A empresa informa, no entanto, que a alta do dólar deve ter impacto positivo no médio prazo. Embora a desvalorização do real tenha um impacto maior no balanço imediato, ela deve favorecer o fluxo de caixa e reverter os efeitos negativos em dois trimestres.
Isso porque, segundo a Vale, a proporção de receitas da empresa atreladas ao dólar (as exportações) é maior do que a dos gastos vinculados à moeda americana (82% a 32%, respectivamente).
Segundo o diretor financeiro da mineradora, Fábio Barbosa, as perdas imediatas são consequência do fato de as dívidas serem contabilizadas no balanço pelo preço do dólar no dia 30 de junho -fechamento do trimestre. Na data, a cotação do dólar alcançou R$ 2,84, valor maior que a média do preço da moeda americana pelo qual o minério foi vendido ao longo do segundo trimestre.


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