São Paulo, quinta-feira, 15 de agosto de 2002

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MERCADO FINANCEIRO

Ibovespa tem queda de 9,4% em quatro pregões; vencimento de índice futuro infla as negociações

Bolsa cai 1% em dia de recorde de negócios

DA REPORTAGEM LOCAL

A Bolsa de Valores de São Paulo fechou em baixa, mais uma vez, ontem. O Ibovespa, índice que reúne as 57 ações mais negociadas no pregão paulista, se desvalorizou em 1,07% e fechou em 9.343 pontos. Desde sexta-feira, a queda acumulada do índice é de 9,4%. A Bolsa paulista registrou ontem o recorde de 48,72 mil negócios.
O giro financeiro, de R$ 940,044 milhões, foi um dos maiores do ano. As negociações foram infladas pelo fato de ontem ter sido dia de vencimento do índice futuro. Em dias como esse, cresce a oscilação do mercado porque os investidores vendem papéis no mercado à vista para adequar posições no mercado futuro.
Dessa forma, ocorre a chamada briga entre "comprados", que apostam na valorização das cotações, e "vendidos", que se beneficiam com a baixa.
As ações que fecharam em terreno positivo tiveram valorizações pequenas. A maior alta do dia (2%) foi a das ações preferenciais (sem direito a voto) da Bradespar. Bradesco PN também conseguiu fechar em alta, de 1,8%, após vários dias de perdas.
Segundo dados da Economática, o único setor que apresentou rentabilidade positiva foi o de alimentos e bebidas, com valorização modesta de 0,68%.
Os papéis ordinários da Embraer caíram 7,8%, com a expectativa pela divulgação do balanço da companhia.
Durante o dia, a Bovespa oscilou entre queda de 4,5% (se aproximando dos 8.000 pontos) e alta de 1,5%. A forte volatilidade acompanhou o comportamento das Bolsas norte-americanas. Em mais um dia de sobe-e-desce, o índice Dow Jones, da Bolsa de Nova York, subiu 3,08%, e a Nasdaq teve valorização de 5,12%.
As novas medidas para os fundos de investimento e as mudanças no depósito compulsório dos bancos foram anunciadas após o fechamento do mercado. Nos dez primeiros dias deste mês, a Bolsa registrou saída de R$ 182,396 milhões em recursos estrangeiros. No ano, o saldo está negativo em R$ 1,347 bilhão.
Na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros), as projeções para os juros permaneceram em queda. Os contratos para janeiro de 2003, os que concentram o maior número de negócios, passaram dos 23,04% na terça-feira para 22,40% ontem.
(ANA PAULA RAGAZZI)


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