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São Paulo, sexta-feira, 15 de agosto de 2003

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ESTAGNAÇÃO

Crescimento nas exportações não é suficiente para elevar participação, que fica abaixo de 1%, revela OMC

Brasil não avança no comércio mundial

DA REDAÇÃO

O crescimento das exportações brasileiras não foi suficiente para aumentar a participação do país no comércio mundial. De acordo com relatório da OMC (Organização Mundial do Comércio), as vendas do país somaram US$ 60,4 bilhões no ano passado, ou 0,9% do total do planeta.
Pelos números da OMC, as vendas do país cresceram 4% ante 2001 (números do governo apontam um ganho de 3,67%). Apesar do avanço, o país permaneceu na 26ª posição dos maiores exportadores, como em 2001.
As importações do país no ano passado (US$ 49,5 bilhões) representaram apenas 0,7% do total mundial. Isso deixa o país no 27º postos entre os importadores.
A OMC lançou ontem um novo relatório sobre o comércio mundial (World Trade Report), que terá periodicidade anual. Além de trazer os números sobre o comércio global, o documento relata tendências e analisa os recentes desdobramentos da nova rodada de abertura comercial, entre outros assuntos. O documento, de 270 páginas, está no site da OMC (www.wto.org).
Os EUA seguiram como o país que mais exporta em todo o mundo (apesar de um queda de 5%), com um total de US$ 693,5 bilhões (participação de 10,8% no total). Mas o país importou ainda mais, US$ 1,202 trilhão (ou 18% de tudo que o mundo exportou).
Logo após os EUA, a Alemanha é o principal exportador do planeta, com um total de US$ 612,2 bilhões (participação de 9,5%). Em terceiro aparece o Japão, com US$ 416 bilhões (ou 6,5% do total).
A China conseguiu um expressivo aumento de 22% nas suas exportações e subiu para o quinto lugar, ultrapassando o Reino Unido. A França é o quarto maior.
De acordo com a OMC, o comércio deverá registrar um avanço inferior a 3% neste ano. No ano passado, o crescimento ficou em 2,5%. Em 2001, ano em que os EUA entraram em recessão e foram atingidos pelos atentados do 11 de Setembro, houve uma pequena retração nas transações.
"Incertezas consideráveis obscurecem as perspectivas de crescimento em 2003", afirma a OMC.
No relatório, a OMC reconhece que a abertura comercial, se não for acompanhada de ajustes internos, pode desestabilizar a economia de países em desenvolvimento. Ainda assim, a organização defendeu a liberalização comercial como uma fonte de crescimento e desenvolvimento.
A OMC cita como aspecto positivo o crescimento do comércio entre países em desenvolvimento do chamado eixo Sul-Sul. Em 90, essas transações equivaliam a 6,5% do total, e, em 2001, subiram para 10,6% -mas o crescimento se concentrou na Ásia.


Com agências internacionais


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