DA BLOOMBERG

Os preços ao consumidor dos EUA saltaram em julho para seu maior nível dos últimos 17 anos, o que deve diminuir a capacidade de o Fed (Federal Reserve, o BC americano) baixar as taxas de juros caso a desaceleração da economia se aprofunde.
O índice dos preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) subiu 0,8% no mês passado, o dobro do previsto. O custo de vida aumentou 5,6% nos 12 meses encerrados em julho, maior escalada desde janeiro de 1991. Já o núcleo da inflação -que exclui alimentos e combustíveis, mais voláteis- cresceu 0,3% em relação a junho, também superando a previsão de analistas. Em 12 meses, o núcleo avançou 2,5%, acima da meta do Fed, de entre 1,5% e 2%.
Uma das maiores preocupações dos dados divulgados ontem é que, ao contrário dos anteriores, os aumentos nos preços de energia e alimentos parecem estar se espalhando pelo restante da economia, em itens como bebidas e vestuário.
Apesar da alta, a expectativa é que o Fed não mude os juros até o final do ano, ainda mais com a recente queda dos preços do petróleo e a valorização do dólar. Nas últimas duas reuniões, o Fed manteve a taxa em 2%. O próximo encontro está marcado para o dia 16 de setembro.


Texto Anterior: PIB da zona do euro tem primeiro recuo
Próximo Texto: Espanha: Governo lança pacote econômico
Índice