São Paulo, Sexta-feira, 15 de Outubro de 1999
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REPERCUSSÃO

Senador diz que discurso de FHC foi excelente e que medidas marcam o início do declínio das taxas

ACM afirma que taxas de juros vão cair

da Sucursal de Brasília

O presidente do Congresso, senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), disse que as medidas anunciadas ontem representam "o início do declínio que vai haver nas taxas de juros".
ACM participou, no Palácio do Planalto, da solenidade de anúncio das medidas. Ele considerou o discurso do presidente Fernando Henrique Cardoso "excelente" e afirmou que os indicadores econômicos "apontam para o êxito do governo e de sua economia".
A primeira reação na base do governo na Câmara foi positiva e sem surpresas. A expectativa é que o efeito para o consumidor seja imediato.
"Vamos ter um Natal bem superior ao do ano passado, com oferta de crédito e com confiança maior", afirmou o deputado Antonio Kandir (PSDB-SP), que foi ministro do Planejamento no primeiro governo de FHC.
O deputado ressaltou duas medidas: a redução do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) para as pessoas físicas final e a redução a zero do compulsório (parcela que os bancos têm de recolher ao Banco Central) sobre os depósitos a prazo.
Segundo ele, essas medidas provocarão um aumento de recursos disponíveis para empréstimos e a queda dos juros. Entre as medidas que passarão pelo exame do Congresso, Kandir destacou a que estabelece a possibilidade do pagamento do principal da dívida mesmo quando há contestação quanto aos juros impostos.
"Isso diminui a insegurança com o número de inadimplentes", afirmou o deputado.
O líder do PMDB na Câmara, Geddel Vieira Lima (BA), disse que as medidas são boas e que o pacote não deverá enfrentar resistências na Câmara.
"O que vier na direção da queda dos juros não terá dificuldade de aprovação", afirmou Geddel. O líder do PFL na Câmara, Inocêncio Oliveira (PE), declarou ter gostado das medidas.
"O governo partiu para a prática. Está saindo do gabinete e ouvindo o que a população quer", disse Inocêncio.
O líder do PT na Câmara, José Genoino (SP), afirmou que as medidas chegaram tarde. "O alcance do pacote é duvidoso. Foi bom ter diminuído o custo do dinheiro, mas o consumidor não tem condição mais de usá-lo, porque está inadimplente. O governo só age quando o fato já aconteceu", disse Genoino.


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