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REPERCUSSÃO
Senador diz que discurso de FHC foi excelente e que medidas marcam o início do declínio das taxas
ACM afirma que taxas de juros vão cair
da Sucursal de Brasília
O presidente do Congresso, senador Antonio Carlos Magalhães
(PFL-BA), disse que as medidas
anunciadas ontem representam
"o início do declínio que vai haver
nas taxas de juros".
ACM participou, no Palácio do
Planalto, da solenidade de anúncio das medidas. Ele considerou o
discurso do presidente Fernando
Henrique Cardoso "excelente" e
afirmou que os indicadores econômicos "apontam para o êxito
do governo e de sua economia".
A primeira reação na base do
governo na Câmara foi positiva e
sem surpresas. A expectativa é
que o efeito para o consumidor
seja imediato.
"Vamos ter um Natal bem superior ao do ano passado, com oferta de crédito e com confiança
maior", afirmou o deputado Antonio Kandir (PSDB-SP), que foi
ministro do Planejamento no primeiro governo de FHC.
O deputado ressaltou duas medidas: a redução do IOF (Imposto
sobre Operações Financeiras) para as pessoas físicas final e a redução a zero do compulsório (parcela que os bancos têm de recolher
ao Banco Central) sobre os depósitos a prazo.
Segundo ele, essas medidas provocarão um aumento de recursos
disponíveis para empréstimos e a
queda dos juros. Entre as medidas
que passarão pelo exame do Congresso, Kandir destacou a que estabelece a possibilidade do pagamento do principal da dívida
mesmo quando há contestação
quanto aos juros impostos.
"Isso diminui a insegurança
com o número de inadimplentes", afirmou o deputado.
O líder do PMDB na Câmara,
Geddel Vieira Lima (BA), disse
que as medidas são boas e que o
pacote não deverá enfrentar resistências na Câmara.
"O que vier na direção da queda
dos juros não terá dificuldade de
aprovação", afirmou Geddel. O líder do PFL na Câmara, Inocêncio
Oliveira (PE), declarou ter gostado das medidas.
"O governo partiu para a prática. Está saindo do gabinete e ouvindo o que a população quer",
disse Inocêncio.
O líder do PT na Câmara, José
Genoino (SP), afirmou que as
medidas chegaram tarde. "O alcance do pacote é duvidoso. Foi
bom ter diminuído o custo do dinheiro, mas o consumidor não
tem condição mais de usá-lo, porque está inadimplente. O governo
só age quando o fato já aconteceu", disse Genoino.
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