São Paulo, Sexta-feira, 15 de Outubro de 1999
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Governo avalia nova redução no compulsório de depósito à vista

da Sucursal de Brasília

O governo ainda avalia reduções do compulsório sobre os depósitos à vista que os bancos têm de recolher ao Banco Central, embora não tenha incluído a medida no pacote anunciado ontem.
A informação foi dada pelo presidente do BC, Armínio Fraga. Questionado se existia a possibilidade dessa medida, ele disse que "existe" e que o BC está estudando o impacto da última redução de compulsório.
No mês passado, o BC reduziu esse compulsório de 75% para 65%, mas a medida começou a ser implementada somente em outubro, afirmou o diretor de Política Monetária, Sérgio Werlang, no anúncio do pacote.
O compulsório significa que os bancos são obrigados a deixar retidos no BC, sem remuneração, R$ 65 para cada R$ 100 que os clientes deixam em conta corrente. Os bancos compensam essa falta de remuneração cobrando juros maiores dos tomadores de crédito.
Werlang e Fraga informaram que os efeitos dessa redução ainda estão sendo analisados e que alguma coisa já foi detectada, mas que ainda não poderiam antecipar nada sobre o assunto.
Durante a fase de estudo das medidas, o governo chegou a analisar proposta de redução do compulsório de 65% para 55%, medida que poderia liberar cerca de R$ 3 bilhões no mercado.
Mais cauteloso, o governo acabou optando por reduzir novamente o compulsório sobre depósitos a prazo, que caiu de 10% para zero. No mês passado, o BC tinha reduzido em 50% esse compulsório, que antes era de 20%.
Consideradas importantes politicamente, as medidas de redução dos juros foram anunciadas inicialmente pela manhã pela diretoria do BC para colunistas de economia e diretores dos jornais. Depois, FHC fez o anúncio oficial.


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