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Governo avalia nova redução no
compulsório de depósito à vista
da Sucursal de Brasília
O governo ainda avalia reduções do compulsório sobre os depósitos à vista que os bancos têm
de recolher ao Banco Central, embora não tenha incluído a medida
no pacote anunciado ontem.
A informação foi dada pelo presidente do BC, Armínio Fraga.
Questionado se existia a possibilidade dessa medida, ele disse que
"existe" e que o BC está estudando o impacto da última redução
de compulsório.
No mês passado, o BC reduziu
esse compulsório de 75% para
65%, mas a medida começou a ser
implementada somente em outubro, afirmou o diretor de Política
Monetária, Sérgio Werlang, no
anúncio do pacote.
O compulsório significa que os
bancos são obrigados a deixar retidos no BC, sem remuneração,
R$ 65 para cada R$ 100 que os
clientes deixam em conta corrente. Os bancos compensam essa
falta de remuneração cobrando
juros maiores dos tomadores de
crédito.
Werlang e Fraga informaram
que os efeitos dessa redução ainda
estão sendo analisados e que alguma coisa já foi detectada, mas que
ainda não poderiam antecipar nada sobre o assunto.
Durante a fase de estudo das
medidas, o governo chegou a analisar proposta de redução do
compulsório de 65% para 55%,
medida que poderia liberar cerca
de R$ 3 bilhões no mercado.
Mais cauteloso, o governo acabou optando por reduzir novamente o compulsório sobre depósitos a prazo, que caiu de 10% para zero. No mês passado, o BC tinha reduzido em 50% esse compulsório, que antes era de 20%.
Consideradas importantes politicamente, as medidas de redução
dos juros foram anunciadas inicialmente pela manhã pela diretoria do BC para colunistas de economia e diretores dos jornais. Depois, FHC fez o anúncio oficial.
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