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São Paulo, quarta-feira, 15 de outubro de 2003

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CÂMBIO

Piva diz que ideal é R$ 3; Steinbruch pede R$ 3,20

Dólar a R$ 2,80 desestimula as exportações, dizem empresários

DA REPORTAGEM LOCAL

O dólar a R$ 2,80 começa a desestimular as exportações brasileiras, segundo Benjamin Steinbruch, presidente da CSN (Companhia Siderúrgica Nacional), e Horacio Lafer Piva, presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo). Ambos defenderam ontem intervenções do governo para desvalorizar o real em relação ao dólar.
"Realmente não dá para exportar com o dólar a R$ 2,80", afirmou Steinbruch. "Muitas empresas estão em dúvida sobre fechar seus contratos de exportação", disse Piva. Para o presidente da Fiesp, o câmbio de "equilíbrio" tanto para exportadores quanto importadores é de R$ 3,00.
Steinbruch defende uma cotação entre R$ 3,10 e R$ 3,20. Segundo ele, o problema não é apenas de exportação da produção atual, mas de investimentos para aumentar a capacidade exportadora das empresas. Sem esses investimentos, o país não vai conseguir elevar suas vendas externas quando houver recuperação da atividade econômica interna, já que parte do que é exportado passará a ser consumido dentro do país.
"Qualquer um que queira investir em exportações tem de ter tranquilidade em relação ao câmbio", observou Steinbruch. Quanto mais valorizado em relação ao dólar estiver o real, mais caros e menos competitivos ficam os produtos brasileiros no exterior.
O presidente da CSN disse que a empresa prevê investimentos de US$ 1,5 bilhões nos próximos anos para aumentar a capacidade de exportação. Esses investimentos terão de ser aprovados até o fim do ano pelo conselho de administração da empresa.


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