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Petróleo volta a
bater recorde
em Londres e NY
DA REDAÇÃO
Os preços do petróleo mantiveram a tendência de alta das últimas semanas e voltaram a alcançar novos recordes ontem em
Londres e em Nova York.
Os contratos futuros subiram
2,09% na Bolsa Mercantil de Nova
York e encerraram a US$ 54,76 o
barril, enquanto o petróleo do tipo Brent ganhou 1,58% na Bolsa
Internacional do Petróleo, em
Londres, para US$ 50,84.
Desde o último pregão do ano
passado, o barril já acumula alta
de 67% em Nova York e de 71%
em Londres, que serve de referência ao mercado europeu.
Analistas atribuíram a alta de
ontem ao temor crescente de que
a oferta de combustível de calefação não seja suficiente para atender ao aumento da demanda prevista para o inverno nos EUA.
Mas também citaram fatores
que têm freqüentado o noticiário
econômico nos últimos meses, todos relacionados aos principais
produtores mundiais da commodity: incertezas políticas no Iraque, greve na Nigéria, crise da petrolífera russa Yukos.
Existem ainda questões estruturais que ajudam a explicar o salto
nas cotações nos últimos meses,
entre elas o aumento da demanda
mundial, cujo principal "motor"
tem sido a economia chinesa.
Segundo analistas, a Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) tem se mostrado
incapaz de acalmar o mercado e
controlar os preços, a despeito de
sucessivas decisões de seus membros de elevar a produção.
Conseqüentemente, o encarecimento da principal commodity
de energia se tornou motivo de
preocupação das maiores economias do mundo, que o enxergam
como ameaça ao atual momento
de recuperação mundial.
Além de limitar o consumo de
famílias e empresas, o preço mais
elevado do petróleo e de seus derivados -como a gasolina- também afeta negativamente a inflação, o que pode levar a um aumento generalizado dos juros.
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