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MERCADO ABERTO
Executivo pensa em mudar de carreira
A pressão por resultados nas
médias e grandes empresas
tem levado os executivos a
buscar uma alternativa a
suas carreiras que reverta em
melhoria na qualidade de vida.
Levantamento do instituto H2R
Pesquisas Avançadas, com 140
executivos, revelou que metade
dos entrevistados pensa em um
plano B para suas carreiras.
Rubens Hannun, diretor da
empresa e autor do estudo, considera o número elevado. "Não
acho que isso seja bom para as
empresas. Significa que seu corpo diretor não está pensando na
empresa no longo prazo. Eles estão de olho em suas próprias carreiras fora da companhia."
O principal problema desse
comportamento, diz, está na ausência de planos mais duradouros por parte das empresas. "Elas
só estão interessadas no curto
prazo, no cumprimento das metas, e se esquecem do futuro."
Segundo ele, nos últimos anos,
houve uma mudança na cultura
empresarial. O tempo de casa,
que antes era valorizado, perdeu
importância em relação ao cumprimento das metas. "O ideal é
um meio-termo. Não dá para esquecer as metas, porque as empresas têm que vender, mas é
preciso pensar em um planejamento de maior fôlego."
Outra mudança de cultura,
afirma Hannun, foi a perda de
vínculos do executivo com a empresa. As companhias "cortaram
o cordão umbilical que as unia
aos executivos". Com isso, eles
começaram a se preocupar mais
com questões como a empregabilidade em outra empresa. "Eles
passaram a pensar mais neles do
que nas empresas. Aquilo de
"vestir a camisa" ficou para trás."
A busca por uma alternativa está menos presente em empresas
de controle familiar, nas quais os
executivos encaram o negócio
como opção central.
O principal objeto de desejo
dos executivos é a abertura de
um negócio (19%), seguido pela
transformação de um hobby em
um meio de ganhar a vida (10%).
BARRADA NO VÔO
A TAM foi condenada pela 2ª
Turma Recursal dos Juizados Especiais Cíveis do Rio a pagar R$
3.000,00, por danos morais, e R$
30,96, por materiais, a uma passageira impedida de embarcar. A
aérea alega que Irene Dias de
Aquino, que pagara R$ 407,25
pelo bilhete, devia portar seu documento de identidade original.
Como fora roubada, ela carregava uma cópia do RG, o CPF e um
"Rio Card" (cartão com foto para o ônibus), que, segundo os juízes, seriam suficientes para provar a identidade da idosa.
PROGRAMA NUCLEAR
Odair Gonçalves, presidente
da Comissão Nacional de Energia Nuclear, anunciou ontem,
em seminário, que o ministro de
Minas e Energia, Silas Rondeau,
vai anunciar a adesão do ministério à proposta de desenvolvimento do programa nuclear brasileiro, ou seja, à construção de
Angra 3. A decisão ameniza o debate sobre a questão, que tinha a
ex-titular da pasta Dilma Rousseff como uma das opositoras.
Os investimentos globais do programa nuclear somam US$ 13 bilhões num prazo de 18 anos.
SIMPLICIDADE
A fabricante brasileira de eletroeletrônicos Elsys investiu R$
12 milhões na criação de uma linha de DVDs. Para se diferenciar em meio à acirrada concorrência com multinacionais, a
empresa decidiu apostar na simplificação do uso dos aparelhos. Segundo Victor Blatt, presidente da fabricante, a popularização dos DVDs levou os produtos a pessoas com baixa escolaridade, que têm dificuldade para operá-los. É esse o público
que ele espera atingir. "Notamos que muitos DVDs iam para a
assistência técnica sem defeito. Descobrimos que as pessoas
não sabiam usar o aparelho direito." A solução desenvolvida
foi a criação de um botão que inicia diretamente o filme, sem a
necessidade de ajustes. Segundo Blatt, que já fabricou para empresas como Brastemp, Blaupunkt, Net e Sky, a Elsys está desenvolvendo uma linha de "home theaters" e de áudio. A companhia diz esperar atingir 10% do mercado de DVDs.
TEMPLO DE LUXO
A Louis Vuitton acaba de
inaugurar a maior loja da rede, com cerca de 1.800 m2 e estilo art déco, num dos pontos
comerciais mais caros do
mundo, a avenida Champs-Elysées, em Paris. O evento de
lançamento do espaço contou com dezenas de celebridades, como as atrizes Uma
Thurman, Sharon Stone e
Winona Ryder, muitas das
quais com viagem à capital
francesa paga pela marca conhecida por suas bolsas e outros acessórios de couro. Cifras não foram divulgadas,
mas estima-se que os custos
com os dois anos de renovação da loja e os dois dias de
festividades alcancem US$ 50
milhões. Para analistas do setor, mais do que prestígio, a
nova unidade agregará faturamento à principal divisão
do conglomerado de luxo
LVMH, o maior do mundo.
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