São Paulo, sábado, 15 de outubro de 2005

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MERCADO ABERTO

Executivo pensa em mudar de carreira

A pressão por resultados nas médias e grandes empresas tem levado os executivos a buscar uma alternativa a suas carreiras que reverta em melhoria na qualidade de vida. Levantamento do instituto H2R Pesquisas Avançadas, com 140 executivos, revelou que metade dos entrevistados pensa em um plano B para suas carreiras.
Rubens Hannun, diretor da empresa e autor do estudo, considera o número elevado. "Não acho que isso seja bom para as empresas. Significa que seu corpo diretor não está pensando na empresa no longo prazo. Eles estão de olho em suas próprias carreiras fora da companhia."
O principal problema desse comportamento, diz, está na ausência de planos mais duradouros por parte das empresas. "Elas só estão interessadas no curto prazo, no cumprimento das metas, e se esquecem do futuro."
Segundo ele, nos últimos anos, houve uma mudança na cultura empresarial. O tempo de casa, que antes era valorizado, perdeu importância em relação ao cumprimento das metas. "O ideal é um meio-termo. Não dá para esquecer as metas, porque as empresas têm que vender, mas é preciso pensar em um planejamento de maior fôlego."
Outra mudança de cultura, afirma Hannun, foi a perda de vínculos do executivo com a empresa. As companhias "cortaram o cordão umbilical que as unia aos executivos". Com isso, eles começaram a se preocupar mais com questões como a empregabilidade em outra empresa. "Eles passaram a pensar mais neles do que nas empresas. Aquilo de "vestir a camisa" ficou para trás."
A busca por uma alternativa está menos presente em empresas de controle familiar, nas quais os executivos encaram o negócio como opção central.
O principal objeto de desejo dos executivos é a abertura de um negócio (19%), seguido pela transformação de um hobby em um meio de ganhar a vida (10%).

BARRADA NO VÔO
A TAM foi condenada pela 2ª Turma Recursal dos Juizados Especiais Cíveis do Rio a pagar R$ 3.000,00, por danos morais, e R$ 30,96, por materiais, a uma passageira impedida de embarcar. A aérea alega que Irene Dias de Aquino, que pagara R$ 407,25 pelo bilhete, devia portar seu documento de identidade original. Como fora roubada, ela carregava uma cópia do RG, o CPF e um "Rio Card" (cartão com foto para o ônibus), que, segundo os juízes, seriam suficientes para provar a identidade da idosa.

PROGRAMA NUCLEAR
Odair Gonçalves, presidente da Comissão Nacional de Energia Nuclear, anunciou ontem, em seminário, que o ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau, vai anunciar a adesão do ministério à proposta de desenvolvimento do programa nuclear brasileiro, ou seja, à construção de Angra 3. A decisão ameniza o debate sobre a questão, que tinha a ex-titular da pasta Dilma Rousseff como uma das opositoras. Os investimentos globais do programa nuclear somam US$ 13 bilhões num prazo de 18 anos.

SIMPLICIDADE
A fabricante brasileira de eletroeletrônicos Elsys investiu R$ 12 milhões na criação de uma linha de DVDs. Para se diferenciar em meio à acirrada concorrência com multinacionais, a empresa decidiu apostar na simplificação do uso dos aparelhos. Segundo Victor Blatt, presidente da fabricante, a popularização dos DVDs levou os produtos a pessoas com baixa escolaridade, que têm dificuldade para operá-los. É esse o público que ele espera atingir. "Notamos que muitos DVDs iam para a assistência técnica sem defeito. Descobrimos que as pessoas não sabiam usar o aparelho direito." A solução desenvolvida foi a criação de um botão que inicia diretamente o filme, sem a necessidade de ajustes. Segundo Blatt, que já fabricou para empresas como Brastemp, Blaupunkt, Net e Sky, a Elsys está desenvolvendo uma linha de "home theaters" e de áudio. A companhia diz esperar atingir 10% do mercado de DVDs.

TEMPLO DE LUXO
A Louis Vuitton acaba de inaugurar a maior loja da rede, com cerca de 1.800 m2 e estilo art déco, num dos pontos comerciais mais caros do mundo, a avenida Champs-Elysées, em Paris. O evento de lançamento do espaço contou com dezenas de celebridades, como as atrizes Uma Thurman, Sharon Stone e Winona Ryder, muitas das quais com viagem à capital francesa paga pela marca conhecida por suas bolsas e outros acessórios de couro. Cifras não foram divulgadas, mas estima-se que os custos com os dois anos de renovação da loja e os dois dias de festividades alcancem US$ 50 milhões. Para analistas do setor, mais do que prestígio, a nova unidade agregará faturamento à principal divisão do conglomerado de luxo LVMH, o maior do mundo.


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