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TRIBUTAÇÃO
Meta é manter incentivos
Governo busca acordo para salvar "MP do Bem"
CLÁUDIA DIANNI
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O governo vai consultar os líderes dos partidos no Congresso nas
próximas semanas para tentar
costurar um acordo que permita
incluir o texto original da "MP do
Bem", especialmente os incentivos ao setor produtivo, em outra
medida provisória.
"Há uma decisão clara do presidente Lula de manter o compromisso assumido com vários Estados de manter a política de desoneração dos investimentos", disse
o ministro Jaques Wagner (Secretário de Relações Institucionais),
que passou a manhã de ontem negociando com o ministro Luiz
Fernando Furlan (Desenvolvimento) uma saída para a MP 252.
Segundo ele, a maneira mais rápida de manter as isenções fiscais
para os investimentos, contidas
na "MP do Bem", será incluí-las
na MP 255, que trata da tributação sobre os fundos de previdência complementar. Atualmente, a
255 tramita no Senado e tem de
ser aprovada até 31 deste mês.
"Se não conseguirmos incluir
todos os pontos, podemos recorrer a projetos de lei com pedido
de urgência, principalmente para
os pontos da MP 252 que já estão
em vigência", disse Wagner.
Na quarta-feira acabou o prazo
de 120 dias para a "MP do Bem"
ser aprovada no Congresso. Por
falta de quórum, ela não pôde ser
votada novamente na Câmara
após alteração no Senado.
Em agosto, a Câmara incluiu o
enquadramento do regime tributário das micro e pequenas empresas (o Simples) na MP 252, o
que aumentou a previsão de renúncia fiscal de R$ 3,3 bilhões para R$ 5,3 bilhões por ano.
Para compensar o gasto, o governo incluiu no texto uma emenda jogando para o ano seguinte os
pagamentos da União referentes a
decisões judiciais de pequeno valor, hoje com prazo de 60 dias.
Como o desgaste político foi
muito grande -o governo passou a ser acusado por parlamentares de prejudicar os pagamentos de dívidas a aposentados-, o
Palácio optou por derrubar a MP.
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