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Imposto foi criado nos anos 40 por Vargas
CLAUDIA ROLLI
DA REPORTAGEM LOCAL
Criado no governo de
Getúlio Vargas para sustentar os sindicatos atrelados ao Estado, o imposto
sindical foi regulamentado em 1940 pelo decreto
lei 2.377. Em 1943, quando
foi publicada a CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), foi incorporado a
esse conjunto de leis.
O trabalhador -sindicalizado ou não- é obrigado
a recolher uma vez por ano
a contribuição sindical
equivalente a um dia de salário. A cobrança ocorre
no salário de março.
Do lado patronal, a contribuição depende do porte da empresa -a alíquota
varia de 0,02% a 0,80% sobre o capital social.
"Em troca de os sindicatos ficarem atrelados ao
governo, foi concedido o
imposto sindical para dar
sustentação financeira às
entidades sindicais", diz
Luiz Salvador, presidente
da Abrat (associação dos
advogados trabalhistas).
Até o ano passado, o dinheiro arrecadado entre
os trabalhadores era rateado entre sindicatos
(60%), federações estaduais (15%), confederações nacionais (5%) e Ministério do Trabalho e
Emprego (20%).
Com o reconhecimento
das centrais sindicais em
2008, a fatia destinada ao
governo foi dividida -10%
ficam com o MTE, e 10%,
com as centrais.
Para ter direito aos recursos, as centrais têm de
comprovar um mínimo de
representatividade. Quanto maior o número de sindicatos filiados e de trabalhadores sindicalizados,
maior será a representatividade da central e sua fatia do imposto sindical.
No primeiro mandato
de Lula, foi montado o Fórum Nacional do Trabalho
para discutir mudanças na
estrutura sindical do país
-como a extinção do imposto sindical. Um projeto
de lei e uma proposta de
emenda constitucional foram enviados ao Congresso para tratar o tema, mas
a discussão não andou.
Além do imposto sindical,
os sindicatos se sustentam
com mensalidades associativas, taxa assistencial e
confederativa -os valores
são definidos em assembleia.
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