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MERCADO FINANCEIRO
Bolsa de SP cai 2,60% apesar de alta em NY
da Reportagem Local
A Bolsa de Valores de São Paulo
caiu ontem 2,60%. Falta de apetite
e desinteresse foram as palavras
usadas pelos especialistas para definir o estado do mercado de ações
em São Paulo, que não encontrou
impulso nem na alta de 0,34% na
Bolsa de Valores de Nova York.
Na Bolsa de Mercadorias & Futuros, o vencimento dos contratos
derivados do índice Ibovespa, das
ações mais negociadas em São
Paulo, foi incapaz de trazer ânimo
à Bolsa de Valores São Paulo.
"Há apreensão com relação às
medidas fiscais. Ninguém sabe ao
certo o que virá e qual será o impacto dessas medidas sobre o resultado das empresas", disse o especialista Manuel Maceira.
Alguns investidores acreditam
que, após o anúncio de todas as
medidas fiscais, o volume negociado na Bolsa vai se reduzir ainda
mais. Ontem, foram negociados
R$ 421,073 milhões no mercado
de ações em São Paulo.
Entre as dez ações mais negociadas, duas apresentaram alta em
suas cotações: Embraer PNA (sem
direito a voto), com valorização
de 12,39%, e Telesp Celular PNB,
com alta de 7,77%.
O volume de negociação diário
de ações pode se reduzir mais pois
poucos vão querer carregar esses
papéis com a recessão que está por
vir e seus reflexos nos resultados
das empresas.
Além disso, com os juros nos patamares que estão, qualquer outro
investimento se torna, comparativamente, pouco atrativo.
Ontem, o Banco Central voltou a
intervir no mercado do dia-a-dia,
o over. Tomou dinheiro emprestado a 41,40% ao ano ontem, contra 41,30% anteontem, prosseguindo sua política de elevação de
0,1 ponto percentual nas taxas de
juros anuais todo o dia.
O BC interveio também no mercado de câmbio e alterou a minibanda cambial, a faixa informal de
variação do dólar. Valorizou o dólar em 0,085% no piso da minibanda e em 0,084% no teto, mantendo a política de desvalorização
gradual do real.
Hoje, o BC vende R$ 4,5 bilhões
de BBC-As, títulos que vão pagar
juros prefixados por duas semanas mais as taxas de juros do over
por 126 dias.
O BC vende também R$ 500 milhões de NBC-Es, títulos que variam de acordo com a cotação do
câmbio comercial, de vencimento
em 16 de agosto do ano 2000.
(CRISTIANE PERINI LUCCHESI)
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