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São Paulo, sábado, 15 de novembro de 2003

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MERCADO FINANCEIRO

Índice fechou em 18.985 pontos, patamar nunca alcançado antes; dólar subiu 2,8% na semana

Bovespa encerra semana com novo recorde

DA REPORTAGEM LOCAL

A alta de 1,23% registrada no pregão de ontem foi o suficiente para a Bolsa de Valores de São Paulo cravar uma nova pontuação recorde: 18.985 pontos.
Quem investiu em uma carteira de ações igual ao Ibovespa (índice das 54 ações de maior liquidez) no último dia de 2002 acumula neste ano ganho de 68,5%. Em dólares, a Bovespa já subiu 102,36% no ano.
Desde sua criação, em janeiro de 1968, o Ibovespa nunca havia fechado em um patamar tão elevado quanto o de ontem.
A baixa da taxa básica de juros, o lucro crescente das empresas e a avaliação de que o pior do recente período de desaquecimento da economia já acabou são fatores que têm favorecido o mercado acionário, opinam analistas.
A forte entrada de recursos de investidores estrangeiros na Bovespa também tem ajudado no atual momento. Segundo operadores, os investidores estrangeiros tiveram participação importante no R$ 1,06 bilhão movimentado no pregão de ontem.
A perspectiva dos investidores é que a Bolsa ainda tem fôlego. Para a virada do ano, os contratos negociados na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros) fecharam projetando o Ibovespa a 19.145 pontos.
Um levantamento feito pela Thomson Financial, tendo como base a média das projeções de 19 corretoras e bancos de investimentos, mostra que as apostas são de que o Ibovespa pode alcançar 21.400 pontos.
O destaque da semana na Bovespa ficou com as ações com direito a voto da Embratel Participações. O papel subiu 41,02% no período, embalado pelo anúncio da norte-americana MCI, que mostrou sua intenção de vender o controle da empresa de telecomunicações brasileira.
Nos negócios de ontem, quem mais subiu foram as ações preferenciais da Acesita, que tiveram alta de 6,7%.

Câmbio
Já o dólar teve uma semana de pressão, com a moeda subindo 2,8% no período. Ontem o dólar encerrou vendido a R$ 2,95, maior cotação desde setembro.
Com a decisão do BC de não renovar nada do último vencimento de dívida cambial e o aumento do prazo para o Tesouro Nacional adquirir dólares no mercado para quitar suas dívidas, o dólar voltou a subir. (FABRICIO VIEIRA)


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