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MERCADO FINANCEIRO
Índice fechou em 18.985 pontos, patamar nunca alcançado antes; dólar subiu 2,8% na semana
Bovespa encerra semana com novo recorde
DA REPORTAGEM LOCAL
A alta de 1,23% registrada no
pregão de ontem foi o suficiente
para a Bolsa de Valores de São
Paulo cravar uma nova pontuação recorde: 18.985 pontos.
Quem investiu em uma carteira
de ações igual ao Ibovespa (índice
das 54 ações de maior liquidez)
no último dia de 2002 acumula
neste ano ganho de 68,5%. Em
dólares, a Bovespa já subiu
102,36% no ano.
Desde sua criação, em janeiro
de 1968, o Ibovespa nunca havia
fechado em um patamar tão elevado quanto o de ontem.
A baixa da taxa básica de juros,
o lucro crescente das empresas e a
avaliação de que o pior do recente
período de desaquecimento da
economia já acabou são fatores
que têm favorecido o mercado
acionário, opinam analistas.
A forte entrada de recursos de
investidores estrangeiros na Bovespa também tem ajudado no
atual momento. Segundo operadores, os investidores estrangeiros tiveram participação importante no R$ 1,06 bilhão movimentado no pregão de ontem.
A perspectiva dos investidores é
que a Bolsa ainda tem fôlego. Para
a virada do ano, os contratos negociados na BM&F (Bolsa de
Mercadorias & Futuros) fecharam projetando o Ibovespa a
19.145 pontos.
Um levantamento feito pela
Thomson Financial, tendo como
base a média das projeções de 19
corretoras e bancos de investimentos, mostra que as apostas
são de que o Ibovespa pode alcançar 21.400 pontos.
O destaque da semana na Bovespa ficou com as ações com direito a voto da Embratel Participações. O papel subiu 41,02% no
período, embalado pelo anúncio
da norte-americana MCI, que
mostrou sua intenção de vender o
controle da empresa de telecomunicações brasileira.
Nos negócios de ontem, quem
mais subiu foram as ações preferenciais da Acesita, que tiveram
alta de 6,7%.
Câmbio
Já o dólar teve uma semana de
pressão, com a moeda subindo
2,8% no período. Ontem o dólar
encerrou vendido a R$ 2,95,
maior cotação desde setembro.
Com a decisão do BC de não renovar nada do último vencimento de dívida cambial e o aumento
do prazo para o Tesouro Nacional
adquirir dólares no mercado para
quitar suas dívidas, o dólar voltou
a subir.
(FABRICIO VIEIRA)
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