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Mercado Aberto
guilherme.barros@uol.com.br
Consumo das famílias dá impulso à construção no país
O consumo das famílias tem cada vez mais importância para a construção no Brasil. Segundo o boletim Análise Setorial Abramat (Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção), elaborado pela FGV Projetos, as vendas de materiais de construção no varejo tiveram alta de 6,6% no acumulado do ano até julho. Os principais atores da expansão são justamente as famílias junto às construtoras, ainda no posto de protagonistas.
Segundo a Abramat, de janeiro a setembro, as vendas de materiais de construção no mercado interno tiveram alta de 12,55%, expansão puxada pela construção habitacional.
Para entender o crescimento consecutivo -15 meses de alta-, segundo o presidente da Abramat , Melvyn Fox, é preciso fazer um resgate histórico. "Desde o fim do BNH, em 1986, nada foi feito. Já no fim do primeiro mandato de Lula, foram tomadas algumas medidas para incentivar o setor, como as facilidades de financiamento, principalmente. Todas as atividades estão trazendo benefícios."
Do lado das construtoras, o financiamento e o crédito são os responsáveis. "Hoje o consumidor consegue comprar sua casa própria com prazo bem dilatado, com taxa de juros bem inferior à de dois anos atrás e cabendo dentro do bolso."
Apesar da boa fase, há alguns gargalos que podem atrapalhar o setor. O maior deles é a falta de mão-de-obra especializada. "Infelizmente quem não consegue nenhuma outra atividade acaba migrando para a construção. Nós queremos profissionalizar a nossa mão-de-obra. Não adianta ter alta tecnologia de materiais sem funcionários qualificados", afirma Fox.
Segundo ele, está sendo criado um sistema nacional de qualificação e certificação de mão-de-obra com o apoio do Senai.
Já a falta de cimento, ainda de acordo com Fox, é um problema superado. "Eu posso garantir que não há falta de materiais hoje. Houve um problema pontual, mas que já foi sanado."
FOCO REGIONAL
O especialista em franquias Marcelo Cherto está expandindo geograficamente os seus negócios. Com um escritório
instalado em São Paulo, o grupo Cherto acaba de abrir uma
filial em Fortaleza, que terá as atividades voltadas para pequenas e médias empresas que operam no Nordeste. Buenos
Aires também recebe um escritório da empresa. "Nós sentimos que há mercado ainda no Rio de Janeiro. O empresário
de médio porte gosta de receber um atendimento local",
afirma Cherto. A idéia, de acordo com ele, é que os escritórios regionais façam o contato direto com o cliente, mas que
o processo seja trabalhado na central do grupo, que fica em
São Paulo.
Empresas lançam seguro para animais
A seguradora inglesa Royal & SunAlliance e a Merial
Saúde Animal, especializada
em produtos veterinários,
lançam em dezembro um
seguro de vida para cães e
gatos.
O cliente poderá receber o
seguro Proteção Extra Premiada de graça, na compra
de uma embalagem de Frontline, produto contra pulgas
e carrapatos.
Com a aliança, a seguradora entra na distribuição de
produtos e serviços massificados, mercado até então
inexplorado no Brasil, onde
tinha foco apenas no mercado corporativo, segundo Angelo Colombo, diretor da
Royal.
Para a Merial, de acordo
com Luiz Luccas, diretor de
operações de animais de
companhia, a expectativa é
conquistar cerca de 1 milhão
de proprietários de animais
de estimação em dois anos.
HORA DO CHÁ
A rede de casas de chá Rei
do Mate vai anunciar a abertura de dez unidades nos
próximos 40 dias. Para o início de 2008, mais três unidades estão previstas. A rede
deve alcançar 235 unidades
no país.
BIBLIOTECA
Para comemorar seus 40
anos, a Febraban lançará, no
dia 29, o livro "Febraban- 40
Anos de Participação" (DBA
Editora). A publicação narra
as mudanças nas instituições financeiras que acompanharam as transformações do período. O livro descreve a história da entidade,
que reúne 110 bancos, e como o Brasil passou pelas
mudanças das últimas quatro décadas, do milagre econômico à estabilização.
NOS ARES
Investidores estrangeiros
estão de olho no crescimento da malha viária do Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP).
Eles estão dispostos a depositar vultosas somas em projetos para impulsionar os arredores do aeroporto. A empresa de gestão de negócios
Confiance, do empresário
Juan Quirós, fechou ontem
um contrato milionário com
um fundo americano, que
pagou R$ 18,5 milhões por
um terreno de 225 mil m2.
Quirós negocia outros 10
milhões de m2 com empreendedores de diversos
segmentos, entre eles, logística, alimentação e hotéis.
CABO-DE-GUERRA
A Caoa deve perder nos
próximos dias a revenda da
marca Subaru para a Caltabiano. A Hyundai continua
com a Caoa.
CARA NOVA
A Vale fará um evento no
fim de novembro para apresentar sua nova marca. A
empresa reunirá, no Rio, pela primeira vez na sua história, cerca de 500 gestores de
todo o mundo. O presidente
Roger Agnelli vai mostrar a
nova identidade visual global e falará do novo posicionamento de comunicação. A
Orquestra Sinfônica Brasileira encerra o encontro.
NOTEBOOK
As vendas de notebooks
da Itautec tiveram alta de
244% nos primeiros nove
meses deste ano na comparação com igual período de
2006. O lucro da empresa,
incluindo a venda de ativos e
participações da companhia, totalizou R$ 77,2 milhões de janeiro a setembro,
expansão de 265% sobre o
mesmo período de 2006.
CHAMPAGNE
A Interfood Importadora
traz ao mercado o champagne Charles Heidsieck Brut
Reserve Mis en Cave en
2003. De janeiro a outubro,
as vendas de champanhes
importados pela Interfood,
da marca Piper Heidsieck,
cresceram cerca de 134%,
comparado ao mesmo período de 2006. Em volume
de entrada, a Piper ocupa o
quarto lugar no mercado
brasileiro, e em vendas, o
terceiro lugar no mundo.
DE PANO
O comércio atacadista de
tecidos de São Paulo teve alta de 5,5% nas vendas do
segmento de cama, mesa e
banho na primeira quinzena
do mês em relação a outubro, segundo levantamento
do sindicato do setor. O mês
passado já havia registrado
crescimento de 5%, em comparação a setembro.
À VENDA
A consultoria imobiliária
Binswanger Brasil foi contratada pelo Esporte Clube
Banespa para a comercialização de dois imóveis, de 150
mil m2, em Vinhedo (SP), e
22.584 m2, em Cangaíba
(SP). A empresa deve fechar
o ano com faturamento 31%
maior que o de 2006.
SEGURADO
O mercado de seguros
cresceu 10% de janeiro a setembro ante o mesmo período de 2006, segundo o Sincor-SP (sindicato dos corretores). No período, o setor
faturou R$ 28,5 bilhões. Na
liderança, está a Bradesco
Seguros, com 12,47% de participação.
com ISABELLE MOREIRA LIMA e JOANA CUNHA
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