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Lula reafirma que 2º mandato será voltado para o crescimento
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva aproveitou a cerimônia de sanção da Lei Geral das
Micro e Pequenas Empresas,
ontem, no Palácio do Planalto,
para insistir na idéia de que seu
segundo mandato será voltado
para o crescimento econômico
e desenvolvimento do país.
Falando a uma platéia de pequenos empresários, o presidente Lula voltou a dizer que
vai destravar e modernizar o
país.
"Estou convencido de que
entramos num outro momento
da história do Brasil. Não precisamos mais ficar discutindo inflação. Lembro das capas de revista com dragões, da discussão
da dívida externa e outro tempo discutindo a dívida interna.
O fato concreto é que criamos
condições para gastar algum
tempo para discutir desenvolvimento", afirmou ontem o
presidente.
Para Lula, essa discussão
equivale a facilitar as condições
para o investimento. O governo
aposta basicamente em medidas de desoneração tributária
para estimular o aumento do
investimento privado.
No pacote que será anunciado na próxima semana, estão
incluídas medidas como a isenção do PIS e da Cofins sobre a
construção e a ampliação de fábricas. O presidente mencionou também a confiança dos
empresários na estabilidade da
regulação como requisito para
essa nova fase.
Um dos exemplos apontados
por Lula é o setor da construção civil, que voltou a crescer
depois das medidas de estímulo
do governo.
Lula fez questão de lembrar
que o Brasil está competindo
com com outros países, emergentes e desenvolvidos, no estímulo à atividade empresarial e,
na avaliação do presidente, está
atrás na corrida. Segundo ele,
Japão e países da Europa, além
de Rússia, Índia e China, "estão
oferecendo mais facilidades para a atividade empresarial do
que o Brasil".
Cobrança
Apesar de afirmar que o governo fez mudanças pontuais
no sistema tributário, o presidente da CNI (Confederação
Nacional da Indústria), Armando Monteiro Neto, cobrou do
governo redução de impostos
para todos os setores da economia. "O ideal seria que todas as
empresas tivessem um sistema
que estimulasse o investimento. Ainda há muito a fazer para
criar um sistema que estimule
o empreendedor nesse país",
disse Monteiro Neto, que discursou antes do presidente.
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