São Paulo, sexta-feira, 15 de dezembro de 2006

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Lula reafirma que 2º mandato será voltado para o crescimento

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva aproveitou a cerimônia de sanção da Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas, ontem, no Palácio do Planalto, para insistir na idéia de que seu segundo mandato será voltado para o crescimento econômico e desenvolvimento do país.
Falando a uma platéia de pequenos empresários, o presidente Lula voltou a dizer que vai destravar e modernizar o país.
"Estou convencido de que entramos num outro momento da história do Brasil. Não precisamos mais ficar discutindo inflação. Lembro das capas de revista com dragões, da discussão da dívida externa e outro tempo discutindo a dívida interna. O fato concreto é que criamos condições para gastar algum tempo para discutir desenvolvimento", afirmou ontem o presidente.
Para Lula, essa discussão equivale a facilitar as condições para o investimento. O governo aposta basicamente em medidas de desoneração tributária para estimular o aumento do investimento privado.
No pacote que será anunciado na próxima semana, estão incluídas medidas como a isenção do PIS e da Cofins sobre a construção e a ampliação de fábricas. O presidente mencionou também a confiança dos empresários na estabilidade da regulação como requisito para essa nova fase.
Um dos exemplos apontados por Lula é o setor da construção civil, que voltou a crescer depois das medidas de estímulo do governo.
Lula fez questão de lembrar que o Brasil está competindo com com outros países, emergentes e desenvolvidos, no estímulo à atividade empresarial e, na avaliação do presidente, está atrás na corrida. Segundo ele, Japão e países da Europa, além de Rússia, Índia e China, "estão oferecendo mais facilidades para a atividade empresarial do que o Brasil".

Cobrança
Apesar de afirmar que o governo fez mudanças pontuais no sistema tributário, o presidente da CNI (Confederação Nacional da Indústria), Armando Monteiro Neto, cobrou do governo redução de impostos para todos os setores da economia. "O ideal seria que todas as empresas tivessem um sistema que estimulasse o investimento. Ainda há muito a fazer para criar um sistema que estimule o empreendedor nesse país", disse Monteiro Neto, que discursou antes do presidente.


Texto Anterior: Entidades vêem melhorias, mas pedem correções
Próximo Texto: Frase
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.