São Paulo, sábado, 16 de janeiro de 2010

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Vaivém das commodities

MAURO ZAFALON - mauro.zafalon@uol.com.br

APERTO
Haverá aperto na oferta mundial de açúcar neste início de ano, diz Plinio Nastari, da Datagro. O Brasil, principal fornecedor ao mercado externo, terá apenas 2,7 milhões de toneladas do centro-sul disponíveis para embarque nesta entressafra.

MAIS CARENTE
O problema, segundo Nastari, é que o mundo está ainda mais carente por açúcar neste ano do que em 2009, quando as vendas externas brasileiras durante a entressafra chegaram a 4,9 milhões de toneladas.

OS NÚMEROS
As estimativas mais recentes da Datagro sobre a safra 2009/ 10 indicam moagem nacional de 589,7 milhões de toneladas de cana, 3,6% mais do que em 2008/9. No mesmo período, a produção de álcool cai 9%, para 25,1 bilhões de litros, e a de açúcar sobe para 33,1 milhões de toneladas (mais 6,3%).

CRISE DE LIQUIDEZ
A falta de crédito vivida pelas usinas no ano passado gerou avanço da concentração e da internacionalização desse setor no país. As cinco maiores empresas do setor, que respondiam por 15% da cana moída no mercado há três anos, somaram 22,5% nesta safra.

MÃOS EXTERNAS

As dificuldade financeiras levaram, ainda, muitas empresas para mãos estrangeiras. Na safra que se encerra, 18,4% do processamento de cana foi executado por empresas estrangeiras. Na anterior, essa participação era de 12,4%.

BENEFICIADO
Enquanto os produtores de arroz do Sul preveem perda de produtividade devido às chuvas, os de milho esperam bom desenvolvimento da lavoura, segundo técnicos da Emater/ RS.

NOVAS ALTAS
Os preços do arroz em casca convergem para R$ 32 por saca no Rio Grande do Sul. Devido aos efeitos das chuvas, o cereal teve aumento acumulado de 13% nos últimos 30 dias.

DIA DE QUEDA
O mercado ainda faz ajustes diante dos números de oferta e demanda divulgados pelo Usda. Ontem, houve queda generalizada em Chicago.

CONTRA A MONSANTO
O governo norte-americano abriu investigação de antitruste contra a Monsanto. O foco é a soja Roundup Ready, cuja patente expira em 2014. A empresa quer que os agricultores optem por uma semente mais moderna, que tem sua patente protegida por mais tempo.

COLABORANDO
A Monsanto disse que está colaborando com os órgãos reguladores e que o governo quer saber se os agricultores continuarão a ter acesso à versão anterior da semente após 2014.


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