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BB levanta mais US$ 1 bi e prepara capitalização
Banco precisa de recursos para manter atual ritmo de liberação de crédito
Instituição assinou ontem contrato para administrar pagamentos da prefeitura paulistana e aumentar a
sua presença em São Paulo
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O Banco do Brasil iniciou
uma nova operação de captação de recursos no exterior, a
segunda em três meses, de
acordo com fontes do mercado.
Na operação, o BB conseguiu
pelo menos US$ 1 bilhão.
O banco estatal vendeu US$
500 milhões em títulos de cinco anos e outros US$ 500 milhões em papéis de dez anos. A
operação foi coordenada pelo
Deutsche Bank, JP Morgan, BB
Securities e Votorantim. Oficialmente, o banco estatal não
confirma a captação, que deve
ser concluída na segunda.
Em outubro, o BB obteve um
empréstimo de US$ 1,5 bilhão
para reforçar a capacidade de
expansão de crédito. Na época,
o banco pretendia captar US$
500 milhões com essa operação, mas decidiu rever o valor
após a demanda dos investidores superar os US$ 13 bilhões.
Além dessas emissões, a instituição prepara um novo lançamento de ações para se capitalizar. A operação deve ficar
em cerca de R$ 8 bilhões. Dois
terços desses papéis serão adquiridos pelo Tesouro Nacional, para que a União mantenha
a participação atual no banco.
Esse reforço de capital é necessário para que a instituição
mantenha o ritmo de empréstimos a partir de 2011. Outros
dois bancos estatais, Caixa e
BNDES, também já receberam
ajuda financeira do governo.
O crescimento na carteira de
crédito dos bancos públicos
deixou essas instituições próximas dos limites impostos pelas
regras do Banco Central para
concessão de empréstimos.
Em dezembro de 2008, por
exemplo, o BB possuía R$ 15 de
capital para garantir cada R$
100 emprestados. Esse valor
caiu para R$ 13 no final do ano
passado. Pelas regras, do BC, os
bancos que atuam no país precisam ter capital para cobertura de, no mínimo, 11% da sua
carteira de crédito.
Prefeitura de SP
O BB deu ontem também o
primeiro passo no que o presidente da instituição, Aldemir
Bendine, chama de "estratégia
agressiva" para o Estado ao assinar o contrato de centralização dos serviços bancários da
Prefeitura de São Paulo.
O contrato prevê que, já a
partir de fevereiro, os 211 mil
servidores (ativos e inativos) e
pensionistas e os 20 mil fornecedores da prefeitura passarão
a receber pelo Banco do Brasil.
A instituição terá exclusividade do crédito consignado dos
servidores e da administração
do caixa da prefeitura, que no
final de novembro era de R$ 2,4
bilhões.
"O Banco do Brasil tem como
projeto para 2010 ter uma atuação forte e destacada aqui no
Estado", disse Bendine.
Colaborou EVANDRO SPINELLI, da Reportagem Local
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