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MERCADO GLOBAL
Índice Dow Jones sobe 2,41%; ações brasileiras
têm valorização em Wall Street
Câmbio livre leva a alta em NY
de Nova York
Impulsionada pela liberação do
câmbio no Brasil, a Bolsa de Nova
York subiu 2,41%, ou 219,62 pontos. O mercado avançou durante
todo dia, seguindo as notícias de
que a Bovespa estava em alta.
Ontem, o índice Dow Jones (que
reúne as 30 ações mais negociadas
no pregão) fechou o dia em
9.340,55 pontos.
O "efeito Brasil", apelido dado
pelos operadores de Wall Street,
havia sido responsável pela queda
de 353 pontos na Bolsa de Nova
York nos dois últimos dias. Havia
o medo no mercado de que os problemas brasileiros pudessem afetar a economia norte-americana.
Todas as principais ações brasileiras negociadas no pregão terminaram o dia valorizadas (Telebrás,
Brahma, Unibanco e Embratel, entre elas).
Cerca de 60% das compras de
ações ontem foi efetuada pelos
chamados "block buyers", os grupos fechados de investimentos,
que fugiram da segurança dos bônus do tesouro dos EUA para voltar a injetar dinheiro em papéis.
Para analistas financeiros, o Brasil encontrou uma forma de atrair
investidores estrangeiros e manter
suas reservas em dólar.
Para Wayne Nordberg, analista
de mercados emergentes da KBW
Asset Management, a liberação do
câmbio brasileiro era uma medida
esperada pelo mercado. "Agora,
poderemos ver como a economia
se ajusta num patamar de verdade,
não fixado pelo governo. Os investidores vão parar de especular contra a desvalorização do real. As
próximas duas semanas serão decisivas para retomar a confiança
no governo", disse.
Para Nordberg, a desvalorização
do real não significa uma queda na
taxa de juros, mas pode promover
a alta das exportações e garantir
um pouco mais de estabilidade
econômica ao país.
William Dudley, da Goldman &
Sachs, afirma que ainda há preocupação com o futuro da economia
brasileira. "Foi uma medida sensata não comprometer as reservas
para segurar a âncora do real, mas
o desafio maior do governo é aprovar as medidas fiscais e evitar o colapso dos fundos de aposentadoria". Dudley diz que a preocupação
continua existindo, mas o mercado acha que o Brasil respondeu de
maneira sensata.
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