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Taxas no mercado paralelo chegam até R$ 1,90
da Reportagem Local
O mercado de dólar praticamente parou ontem para investidores,
pequenos poupadores ou turistas.
Quem precisava comprar encontrou taxas que bateram em R$ 1,90
por US$ 1,00. Mas ninguém, nem
mesmo os comerciantes, aconselhava o negócio.
A reportagem da Folha quis fazer
uma compra em uma casa de câmbio no centro de São Paulo e foi desestimulada pelo vendedor. "Só
posso te arrumar US$ 500 a R$
1,55. Se você não precisar para hoje
ou para o final de semana, melhor
comprar na semana que vem",
aconselhou.
Nem mesmo a venda era indicada. Sem orientação do Banco Central, o mercado ficou às cegas.
O dólar-turismo, que é vendido
legalmente para quem vai viajar,
também não se encontrava. Muitos bancos preferiram ficar fora
desse mercado ontem.
Para Carlos Gandolfo, um dos
donos da casa de câmbio Pioneer,
em São Paulo, a grande maioria
dos turistas que viajavam por esses
dias não foi prejudicada, porque
certamente já estava com tudo organizado. Foi ruim para quem teve
de fazer negócios de última hora.
Outro problema que dificultou a
negociação de dólar ontem nas casas de câmbio foi a escassez de papel-moeda no mercado.
No final do dia, tudo já parecia
mais calmo. A cotação do dólar
continuava sendo praticamente
um valor nominal, porque negócio
mesmo quase não houve. Mas o
dólar-turismo fechou em R$ 1,46,
muito próximo da cotação comercial, que foi de R$ 1,44.
(SILVANA QUAGLIO)
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