São Paulo, sábado, 16 de janeiro de 1999

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Taxas no mercado paralelo chegam até R$ 1,90

da Reportagem Local

O mercado de dólar praticamente parou ontem para investidores, pequenos poupadores ou turistas. Quem precisava comprar encontrou taxas que bateram em R$ 1,90 por US$ 1,00. Mas ninguém, nem mesmo os comerciantes, aconselhava o negócio.
A reportagem da Folha quis fazer uma compra em uma casa de câmbio no centro de São Paulo e foi desestimulada pelo vendedor. "Só posso te arrumar US$ 500 a R$ 1,55. Se você não precisar para hoje ou para o final de semana, melhor comprar na semana que vem", aconselhou.
Nem mesmo a venda era indicada. Sem orientação do Banco Central, o mercado ficou às cegas.
O dólar-turismo, que é vendido legalmente para quem vai viajar, também não se encontrava. Muitos bancos preferiram ficar fora desse mercado ontem.
Para Carlos Gandolfo, um dos donos da casa de câmbio Pioneer, em São Paulo, a grande maioria dos turistas que viajavam por esses dias não foi prejudicada, porque certamente já estava com tudo organizado. Foi ruim para quem teve de fazer negócios de última hora.
Outro problema que dificultou a negociação de dólar ontem nas casas de câmbio foi a escassez de papel-moeda no mercado.
No final do dia, tudo já parecia mais calmo. A cotação do dólar continuava sendo praticamente um valor nominal, porque negócio mesmo quase não houve. Mas o dólar-turismo fechou em R$ 1,46, muito próximo da cotação comercial, que foi de R$ 1,44.
(SILVANA QUAGLIO)



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