São Paulo, sábado, 16 de janeiro de 1999

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Clarín e La Nacion

Buenos Aires

Problema brasileiro afeta Argentina

A manchete da versão digital do argentino "Clarín" informava que o ministro da Economia do país, Roque Fernández, acredita que a crise financeira brasileira "golpeará" a Argentina.
O ministro deu uma entrevista coletiva anteontem para explicar os reflexos da crise brasileira no país. Carlos Menem, presidente argentino, teria sugerido um câmbio único para todo o continente americano, atrelado à moeda norte-americana.
O ministro admitiu, o que vinha negando, que os reflexos da crise brasileira estão afetando a Argentina, gerando uma perda no nível de investimento externo e uma taxa de desemprego maior do que a prevista para este ano.
"Vamos viver um momento transitório, com juros altos", disse ele durante a entrevista, acompanhado dos secretários da Fazenda e de Programação Econômica, Pablo Guidotti e Rogelio Frigerio, que ficaram calados todo o tempo.
"Quem está economizando passará por um bom momento. Mas isso (a crise) não vai parar o rumo da economia", completou Fernandez, segundo o jornal.
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"La Nacion"
A versão on line do jornal argentino "La Nacion" informa que o real vai passar por uma "maxidesvalorização" nas próximas semanas.
Segundo o jornal, o pessimismo sobre o futuro econômico do Brasil repercutiu negativamente na Argentina, derrubando a Bolsa local.
O presidente FHC, segundo o jornal, tenta frear a onda de pânico, avisando o FMI que a "situação está sob controle. E as medidas vão demonstrar que não há razão para nervosismo e que o ajuste fiscal está avançando".
"Apesar disso, FHC teve novos problemas", completava o diário. "O Rio Grande do Sul entrou com uma ação no Supremo Tribunal Federal para renegociar a sua dívida com o governo federal. Mas não é uma moratória como a decretada por Minas Gerais", afirmava o "La Nacion".



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