São Paulo, quarta-feira, 16 de fevereiro de 2005

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TERMÔMETRO

Mas ritmo de alta na confiança começa a recuar

Consumidor mantém otimismo com a retomada, aponta pesquisa

IVONE PORTES
DA FOLHA ONLINE

O consumidor da região metropolitana de São Paulo segue otimista com a situação econômica do Brasil, mas o ritmo de crescimento da confiança começa a diminuir. Pesquisa feita pela Fecomercio (Federação do Comércio do Estado de São Paulo), em conjunto com a Fundação Getúlio Vargas, mostra que o ICC (Índice de Confiança do Consumidor) alcançou 147,31 pontos em fevereiro, um aumento de 1,1% em relação ao índice do mês passado, que foi de 145,66 pontos -3,25% superior a dezembro.
Ainda assim, trata-se da melhor pontuação desde o início do Plano Real -em 1994-, quando a pesquisa de confiança do consumidor da federação começou a ser realizada. Até então, o maior patamar era de janeiro último.
O indicador varia de 0 a 200 pontos: indica pessimismo se está abaixo de 100 pontos e otimismo, acima desse patamar.
Segundo o assessor econômico da Fecomercio, Fábio Pina, o otimismo continua sendo influenciado pelas expectativas em relação ao futuro e pela avaliação dos consumidores com renda menor.
De acordo com ele, para os consumidores que ganham até dez salários mínimos, o índice futuro aumentou 3,4% em relação a janeiro. Já para o grupo com renda igual ou superior a dez salários, houve queda de 1,9% na percepção em relação ao futuro. "Isso ocorre porque o grupo com maior rendimento consegue fazer uma filtragem melhor das informações", disse o economista.
Entretanto, no geral, o índice relativo ao futuro cresceu 1,4% no mês, atingindo 161,80 pontos, enquanto o indicador com as condições atuais teve leve aumento de 0,6%, para 125,56 pontos.
Nas percepções em relação à situação presente pesaram fatores como pagamentos de IPVA, IPTU, matrícula escolar e outros.
Entre os fatores que influenciaram as expectativas futuras do consumidor, segundo Pina, estão a queda da renda e os consecutivos aumentos na taxa básica de juros -atualmente em 18,25%.
No ano passado, a renda média do trabalhador caiu 0,8%, apesar de a taxa de desemprego ter recuado para 9,6% -menor patamar da série histórica do IBGE.


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