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TERMÔMETRO
Mas ritmo de alta na confiança começa a recuar
Consumidor mantém otimismo com a retomada, aponta pesquisa
IVONE PORTES
DA FOLHA ONLINE
O consumidor da região metropolitana de São Paulo segue otimista com a situação econômica
do Brasil, mas o ritmo de crescimento da confiança começa a diminuir. Pesquisa feita pela Fecomercio (Federação do Comércio
do Estado de São Paulo), em conjunto com a Fundação Getúlio
Vargas, mostra que o ICC (Índice
de Confiança do Consumidor) alcançou 147,31 pontos em fevereiro, um aumento de 1,1% em relação ao índice do mês passado, que
foi de 145,66 pontos -3,25% superior a dezembro.
Ainda assim, trata-se da melhor
pontuação desde o início do Plano Real -em 1994-, quando a
pesquisa de confiança do consumidor da federação começou a
ser realizada. Até então, o maior
patamar era de janeiro último.
O indicador varia de 0 a 200
pontos: indica pessimismo se está
abaixo de 100 pontos e otimismo,
acima desse patamar.
Segundo o assessor econômico
da Fecomercio, Fábio Pina, o otimismo continua sendo influenciado pelas expectativas em relação ao futuro e pela avaliação dos
consumidores com renda menor.
De acordo com ele, para os consumidores que ganham até dez
salários mínimos, o índice futuro
aumentou 3,4% em relação a janeiro. Já para o grupo com renda
igual ou superior a dez salários,
houve queda de 1,9% na percepção em relação ao futuro. "Isso
ocorre porque o grupo com
maior rendimento consegue fazer
uma filtragem melhor das informações", disse o economista.
Entretanto, no geral, o índice relativo ao futuro cresceu 1,4% no
mês, atingindo 161,80 pontos, enquanto o indicador com as condições atuais teve leve aumento de
0,6%, para 125,56 pontos.
Nas percepções em relação à situação presente pesaram fatores
como pagamentos de IPVA, IPTU, matrícula escolar e outros.
Entre os fatores que influenciaram as expectativas futuras do
consumidor, segundo Pina, estão
a queda da renda e os consecutivos aumentos na taxa básica de
juros -atualmente em 18,25%.
No ano passado, a renda média
do trabalhador caiu 0,8%, apesar
de a taxa de desemprego ter recuado para 9,6% -menor patamar da série histórica do IBGE.
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