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Petros tem prazo
para decidir como
vai cobrir rombo
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A SPC (Secretaria de Previdência Complementar) estabeleceu um prazo para que
a Petrobras e os participantes do fundo de pensão da
estatal -a Petros- cheguem a um acordo sobre como será coberto o rombo de
R$ 8 bilhões verificado na
entidade. Uma proposta deverá ser apresentada à secretaria até o dia 31 de março.
"Esse é o prazo para que
seja apresentada uma proposta com começo, meio e
fim. Com todo o desenho
aprovado pelas instâncias
competentes da empresa e
do fundo", afirmou o secretário de Previdência Complementar, Adacir Reis.
Ontem, o presidente da
Petros, Wagner Pinheiro,
disse que, se os participantes
aceitarem migrar para planos de contribuição definida, a estatal poderá arcar
com o déficit integralmente.
Atualmente, os participantes fazem parte de planos de
benefício definido. Nesse
modelo, o valor do benefício
é definido quando o trabalhador adere ao fundo de
pensão. No plano de contribuição definida, o participante não sabe quanto receberá na aposentadoria.
Caso não haja migração, a
Petrobras e os participantes
do fundo de pensão serão
obrigados a dividir o custo
de cobertura do rombo de
forma igual. Isso significa
que os participantes precisarão contribuir com valores
maiores para a entidade ou
deverão esperar mais tempo
para se aposentar.
Em qualquer uma das situações -cobertura integral
pela Petrobras ou divisão do
déficit entre patrocinadora e
participantes-, o desembolso será feito ao longo de
vários anos.
O rombo da Petros foi calculado depois que o fundo
fez um ajuste nas premissas
usadas para projetar os gastos com benefícios nos próximos anos.
A Funcef e a Previ (fundo
de pensão da Caixa Econômica Federal e do Banco do
Brasil, respectivamente)
também estão ajustando
suas premissas e precisarão
provisionar recursos para
cobrir buracos.
(JULIANNA SOFIA)
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