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MERCADO FINANCEIRO
Autoridade monetária vai oferecer mais contratos cambiais, o que pode tirar US$ 2 bi de circulação
BC eleva poder de fogo para dar força ao dólar
DA REPORTAGEM LOCAL
Como o dólar resiste a subir, o
Banco Central vai aumentar o poder de fogo de sua ação. No leilão
de hoje, o BC vai oferecer 40 mil
dos novos contratos cambiais que
passou a vender semanalmente,
volume que pode representar o
enxugamento de US$ 2 bilhões do
mercado.
Na quinta-feira passada, foram
20 mil os contratos vendidos,
num montante que encostou em
US$ 1 bilhão.
Analistas avaliam que a atuação
do BC até o momento tem, no
máximo, suavizado a tendência
de queda do dólar diante do real.
E dólar muito baixo é ruim para o
desempenho das exportações
-os produtos brasileiros ficam
mais caros lá fora-, uma das
principais bandeiras do governo.
A rentabilidade dos novos títulos de "swap" cambial tem duas
pontas: as instituições financeiras
ganham a variação dos juros em
determinado período e o BC recebe a variação cambial. O efeito é
parecido com o de o BC comprar
dólares no mercado futuro, o que
pode ajudar a diminuir a tendência de valorização do real.
Ontem o dólar subiu um pouco
(0,19%) e foi a R$ 2,585. O BC
comprou cerca de US$ 250 milhões do mercado. Mas o dólar
operou em baixa durante quase
todo o dia, sem que a derrota do
governo na Câmara chegasse a
agitar o mercado financeiro.
"Nesse contexto, a tão aguardada reforma ministerial ganha
maior importância. Se bem encaminhada, pode recompor as forças do governo para a aprovação
da agenda de reformas", diz Maristella Ansanelli, economista-chefe do banco Fibra.
A Bovespa subiu 0,29% ontem.
A tendência é a moeda americana fechar hoje com alta mais consistente, repercutindo a decisão
da autoridade monetária de oferecer mais títulos de "swap".
Mais juros
Hoje, o Copom anuncia a nova
taxa básica da economia. E cresceu o número de instituições financeiras que apostam na possibilidade de o BC elevar a taxa de
18,25% para 19% anuais.
A Modal Asset afirma que a Selic deve subir 0,75 ponto. "Após
atas mais sinalizadoras em termos de aumento do ritmo de elevação da Selic, parece que neste
mês o BC encontrará razões para
o cumprimento do aviso."
Na BM&F, as projeções dos juros pouco oscilaram, após a alta
de segunda.
(FABRICIO VIEIRA)
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