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SAIBA MAIS
Operadora surgiu no ABC e vendeu pacote para Lula
DA REDAÇÃO
Fundada em maio de 1972
em Santo André, a CVC experimentou sua primeira impulsão
no final daquela década, com o
pleno emprego no ABC paulista. Até o presidente Luiz Inácio
Lula da Silva viajou na época
com pacote da operadora.
"Um horista da Volkswagen
tinha uma renda de US$ 3.000
por mês", lembra Guilherme
Paulus. "Aproveitamos bem
aquele momento", afirmou.
Na época, diz o executivo, era
difícil haver viagens em grupo.
Em 1978, a empresa começou a
organizar esses grupos, para
atender principalmente aos
grêmios de funcionários das
indústrias da região.
Para ele, com isso foi feita
uma "educação para a viagem"
com os metalúrgicos. "Ensinar
a planejar a viagem de um dia,
depois de um fim de semana,
depois do feriado prolongado
e, enfim, das férias."
E a família do presidente Lula, à época metalúrgico e sindicalista, foi uma das clientes da
CVC. "Foi a mulher dele [Marisa Letícia] quem comprou o
pacote." A viagem foi para Caldas Novas e Goiânia.
No decorrer da década de
1980, a empresa de Paulus começou a negociar pacotes que
incluíam trechos aéreos. E, em
1989, houve o caso que marcou
a empresa até internacionalmente: a compra, de uma só
vez, de 100 mil passagens da
Vasp, o que, na época, representava 50% do movimento de
um mês da aérea.
Ao longo dos anos 1990, houve o incremento de destinos
para o exterior, incluindo fretamentos para alguns locais.
Hoje, o executivo administra
uma empresa com 610 funcionários, mais de cem pontos-de-venda, incluindo dois no exterior, e que detém 60% do mercado turístico nacional. Para
ele, a receita é boa administração e foco. "O que fez grandes
operadoras como Soletur e Stella Barros quebrarem foi o foco.
Não se pode depender só da
viagem internacional. O dólar
dispara, e aí?"
A inadimplência de seu negócio, quase totalmente auto-financiado, segundo Paulus, é
baixa. "Fazemos o crédito direto com uma entrada de 25%
que já seleciona o cliente.
Acontece, claro, a pessoa pode
perder o emprego", afirma.
Mas, nesses casos, diz ele, o
passageiro acaba pagando depois. "Sempre."
(FSL)
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