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PECUÁRIA
Produtores argentinos recebem medida com otimismo, pois embargo localizado é visto como confiança do mercado
UE veta carne argentina de área com aftosa
DA FOLHA ONLINE
A União Européia (UE) anunciou ontem a suspensão das importações de carne produzida nos
oito departamentos da Província
de Corrientes (nordeste), onde foi
encontrado foco de febre aftosa
neste mês.
Segundo a UE, a proposta da
suspensão das importações argentinas teve o apoio do Comitê
para a Cadeia Alimentar de Saúde
Animal do bloco europeu.
A decisão foi vista com otimismo pelo setor pecuarista na Argentina. Um embargo limitado,
como o que foi anunciado hoje, é
tomado como um sinal de confiança do mercado internacional
na capacidade do governo argentino de controlar a doença.
A queda nas exportações do
país deve ser de até 20%.
Até a semana passada, mais de
246 bovinos haviam sido sacrificados (outros 500 estavam em observação) na Argentina devido à
febre aftosa, segundo o Senasa
(Serviço Nacional de Sanidade e
Qualidade Agroalimentar).
Total
As restrições são absolutas até o
momento no Brasil, Chile, Equador, na África do Sul e em Israel.
Colômbia, Uruguai e Cingapura
permitirão apenas a importação
da região sul da Argentina, que
tem o status de zona livre de aftosa sem vacinação.
A Rússia, maior importador
mundial da carne produzida na
Argentina, também suspendeu
suas compras. A restrição engloba animais vivos e derivados dessa província. "Apesar de, por motivos técnicos, a Rússia ter de embargar as importações das carnes
dos oitos departamentos de Corrientes sob controle da Senasa,
para o governo argentino é muito
importante que continue comprando carne do restante do
país", disse o porta-voz da Senasa,
Marcelo Valente, à France Presse.
Entre janeiro e novembro de
2005, a Rússia importou US$ 325
milhões em carnes argentinas.
O Senasa declarou ontem estado de emergência sanitária em todo o país para restringir a movimentação de gado na região onde
foi detectado o foco de aftosa, em
San Luis del Palmar (a 25 km do
Paraguai e a 280 km da fronteira
do Rio Grande do Sul).
Com agências internacionais
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