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MERCADO FINANCEIRO
Bolsa de SP registrou valorização de 3,12% nos últimos dois dias; dólar fecha estável, a R$ 2,138
Bovespa reencontra caminho para alta
DA REPORTAGEM LOCAL
Após um começo de fevereiro
difícil, marcado por realizações
de lucros, a Bolsa de Valores de
São Paulo voltou a engatar ritmo
de ganhos. Apenas nos dois últimos dias, a Bovespa subiu 3,12%.
A valorização do Ibovespa
-principal índice e referência da
Bolsa, que reúne as 57 ações mais
negociadas- ontem foi de 1,67%,
ajudado pelo segmento de siderurgia e metalurgia.
Os destaques de alta do pregão
de ontem foram: Usiminas PNA
(5,51%), Gerdau Metalurgia PN
(4,96%) e Companhia Siderúrgica
Nacional ON (4,29%).
O pregão de ontem foi marcado
pelo recorde de volume financeiro girado: R$ 5,97 bilhões. Desses,
R$ 1,52 bilhão do vencimento de
opções sobre o Ibovespa.
Operadores de corretoras afirmam que os estrangeiros voltaram a comprar ações na Bolsa
com maior interesse nesta semana. No mês, até o dia 10, o saldo
dos negócios realizados pelos estrangeiros na Bovespa ficou negativo em R$ 299 milhões. No período, a Bolsa registrou queda de
3,67%.
Os números ilustram a atual importância do humor do estrangeiro para o mercado acionário doméstico: quando esse segmento
de investidor mais vende do que
compra ações, cresce a possibilidade de a Bovespa cair. Os negócios dos estrangeiros representam hoje 36% de todas operações
feitas na Bolsa paulista.
Hoje o Unibanco divulga seu
balanço de 2005. Analistas esperam que a instituição apresente
lucro recorde. A ação Unibanco
Unit subiu 1,18% ontem. Nos primeiros nove meses de 2005, o
banco teve lucro de R$ 1,329 bilhão -alta de 46,4% em relação
ao mesmo período de 2004.
O mercado internacional ficou
atento ontem ao discurso do novo
presidente do Fed (o BC dos
EUA), Ben Bernanke. De um modo geral, o mercado não encontrou muitas novidades na fala
Bernanke. As Bolsas americanas
encerraram o dia com leve alta.
O dólar fechou estável diante do
real, vendido a R$ 2,138. Nos negócios feitos de manhã, o dólar
chegou a cair 0,56%, para R$ 2,126
(menor preço desde março de
2001), mas não se sustentou nesse
nível por muito tempo.
O BC não alterou seu ritmo de
intervenções: retirou ontem aproximados US$ 214 milhões do
mercado futuro (por meio de leilão de "swap cambial reverso").
(FABRICIO VIEIRA)
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