São Paulo, quinta-feira, 16 de fevereiro de 2006

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MERCADO FINANCEIRO

Bolsa de SP registrou valorização de 3,12% nos últimos dois dias; dólar fecha estável, a R$ 2,138

Bovespa reencontra caminho para alta

DA REPORTAGEM LOCAL

Após um começo de fevereiro difícil, marcado por realizações de lucros, a Bolsa de Valores de São Paulo voltou a engatar ritmo de ganhos. Apenas nos dois últimos dias, a Bovespa subiu 3,12%.
A valorização do Ibovespa -principal índice e referência da Bolsa, que reúne as 57 ações mais negociadas- ontem foi de 1,67%, ajudado pelo segmento de siderurgia e metalurgia.
Os destaques de alta do pregão de ontem foram: Usiminas PNA (5,51%), Gerdau Metalurgia PN (4,96%) e Companhia Siderúrgica Nacional ON (4,29%).
O pregão de ontem foi marcado pelo recorde de volume financeiro girado: R$ 5,97 bilhões. Desses, R$ 1,52 bilhão do vencimento de opções sobre o Ibovespa.
Operadores de corretoras afirmam que os estrangeiros voltaram a comprar ações na Bolsa com maior interesse nesta semana. No mês, até o dia 10, o saldo dos negócios realizados pelos estrangeiros na Bovespa ficou negativo em R$ 299 milhões. No período, a Bolsa registrou queda de 3,67%.
Os números ilustram a atual importância do humor do estrangeiro para o mercado acionário doméstico: quando esse segmento de investidor mais vende do que compra ações, cresce a possibilidade de a Bovespa cair. Os negócios dos estrangeiros representam hoje 36% de todas operações feitas na Bolsa paulista.
Hoje o Unibanco divulga seu balanço de 2005. Analistas esperam que a instituição apresente lucro recorde. A ação Unibanco Unit subiu 1,18% ontem. Nos primeiros nove meses de 2005, o banco teve lucro de R$ 1,329 bilhão -alta de 46,4% em relação ao mesmo período de 2004.
O mercado internacional ficou atento ontem ao discurso do novo presidente do Fed (o BC dos EUA), Ben Bernanke. De um modo geral, o mercado não encontrou muitas novidades na fala Bernanke. As Bolsas americanas encerraram o dia com leve alta.
O dólar fechou estável diante do real, vendido a R$ 2,138. Nos negócios feitos de manhã, o dólar chegou a cair 0,56%, para R$ 2,126 (menor preço desde março de 2001), mas não se sustentou nesse nível por muito tempo.
O BC não alterou seu ritmo de intervenções: retirou ontem aproximados US$ 214 milhões do mercado futuro (por meio de leilão de "swap cambial reverso").
(FABRICIO VIEIRA)


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