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Mercado Aberto
@ - guilherme.barros@uol.com.br
Acordo do gás com a Bolívia prima pela falta de clareza
A nova fórmula de remuneração do gás boliviano acertada
entre a Petrobras e a YPFB foi
considerada, por especialistas
do setor, muito pouco clara e
representa uma quebra de contrato entre as duas estatais. A
Petrobras sempre afirmou que
nunca iria admitir uma quebra
contratual no acordo do gás boliviano.
Além disso, mostra também
que a Petrobras sofreu uma forte influência política, já que a
negociação foi feita de governo
a governo, entre os presidentes
Luiz Inácio Lula da Silva e Evo
Morales.
"A regra apresentada não
permite inferir o preço final
que de fato será pago pelo consumidor", diz a economista Fabiana Datri, em seu comentário
para a consultoria Tendências.
Para a economista, ao ceder
às pressões da Bolívia, o governo Lula passou por cima dos interesses da Petrobras. "Os acionistas da estatal poderão esperar dividendos menores por
conta de um possível subsídio
ao preço do produto."
Segundo Fabiana Datri, o aumento era esperado, já que o
preço pago pelo Brasil era inferior ao internacional, mas não
se contava com um aumento
tão significativo.
O governo brasileiro informou que o acordo resultará em
um aumento da ordem de 3%. A
Bolívia, no entanto, afirma que
resultará em uma expansão de
receita de US$ 100 milhões ao
ano. Para que as receitas aumentem nesta proporção, excluído o aumento do preço do
gás para a TermoCuibá, o reajuste no preço do gás fornecido
à Petrobras teria de ser da ordem de 8%, e não de 3%.
Em termos de preços médios
de suprimento, o aumento seria de US$ 4,30 por milhão de
BTU para US$ 4,64 por milhão
de BTU. Segundo técnicos do
governo José Serra, acrescentando transporte e os custos de
distribuição, o preço final médio do gás para o consumidor
industrial em São Paulo passaria para US$ 8,39 por milhão de
BTU, um pouco superior ao
preço médio do óleo combustível, que é de US$ 8,00 por milhão de BTU.
Brasil ganha seu 3º Mercedes SLR McLaren
Um dos carros mais caros
do mundo, o modelo top da
Mercedes, o SLR McLaren,
foi adquirido recentemente
por três brasileiros. A máquina custa R$ 2,6 milhões.
Um dos felizardos foi o
empresário Alexandre
Grendene, que comprou o
carro no Sul do país e o deixou em Punta del Este, no
Uruguai. O segundo é da família Ermírio de Moraes. O
terceiro não é conhecido.
Uma das principais características do veículo é o motor McLaren, capaz de acelerar de 0 a 100 km/h em apenas 3,8 segundos e passar a
marca dos 200 km/h depois
de 10,6 segundos. Sua velocidade máxima é de 334 km/h.
EM BUSCA DO OURO
Com uma carteira de R$ 23,8 bilhões de recursos administrados no Brasil e 4.500 clientes, o Itaú Private Bank, líder
do mercado, quer se expandir pela América Latina. Seus
principais alvos são México, Peru e Chile. O "private" do
Itaú já tem operações em Luxemburgo e na Argentina. Eleito, neste ano, pela revista "Euromoney", o 25º melhor do
mundo e primeiro do Brasil, o banco é especializado em diversas áreas, desde administração de recursos até assessoria
fiscal e sucessão familiar. O objetivo é atrair, cada vez mais,
as grandes fortunas. "É melhor ter poucos clientes com mais
dinheiro do que mais clientes com pouco dinheiro", diz
Lywall Salles, CEO do Itaú Private Bank.
TRABALHO E FOLIA
Brian Smith, presidente
da Coca-Cola no Brasil, e Ernesto Silva, presidente da
Femsa, irão se encontrar hoje com o governador da Bahia, Jaques Wagner, para falar sobre os investimentos
das duas empresas no Estado. A Coca está investindo
pesado no Carnaval da Bahia. Ela é a patrocinadora de
quatro camarotes em Salvador, entre eles o 2222, de
Gilberto Gil (Cultura).
RECORDE
A cerveja Brahma acaba
de bater o recorde de participação no mercado da Venezuela. A marca atingiu 15,5%
de "market share" no país de
Hugo Chávez. A cerveja brasileira está na Venezuela
desde 1995.
NA BRASA
Os países árabes devem se
destacar como destino das
exportações de carne bovina
do Brasil em 2007. Em
2006, ficaram em segundo
lugar, atrás da União Européia. Em 2006, compraram
US$ 734 milhões, segundo a
Abiec (associação do setor).
O Egito se consolidou como
segundo maior importador,
atrás da Rússia. A Abiec vai a
Dubai, na segunda, e oferece
um churrasco a importadores e autoridades locais.
ATENDIMENTO
Lula inaugura hoje uma
central de atendimento da
Atento, em SP, a convite de
Antônio Carlos Valente,
presidente do grupo Telefônica no país. O investimento
é de R$ 60 milhões.
com ISABELLE MOREIRA e JOANA CUNHA
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