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Fabricantes de Manaus ameaçam elevar preço de monitores de vídeo
Medida seria reação à decisão de SP de elevar ICMS de produto da Zona Franca
FÁTIMA FERNANDES
DA REPORTAGEM LOCAL
Fabricantes de monitores de
vídeo instalados em Manaus
(AM) ameaçam elevar os preços caso a Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo não
reconsidere sua decisão de elevar de 12% para 18% o ICMS incidente sobre seus produtos
vendidos no mercado paulista.
Esse aumento de alíquota entra
em vigor a partir de 1º de abril.
No dia 29 de dezembro de
2006, a Fazenda paulista publicou a resolução nº 46, que revoga o item 26, do anexo 3º, da resolução nº 4, de 16 de janeiro de
1998, que prevê alíquota de 12%
de ICMS para os produtos da
indústria de processamento de
dados instalada em Manaus
que são vendidos em São Paulo.
Samsung, Proview e outras
fabricantes estão tentando
convencer representantes da
Fazenda paulista de que esse
aumento de alíquota causa distúrbio no mercado. A LG, que
fabrica monitores de vídeo em
São Paulo, é a grande beneficiada com a resolução nº 46. Isso
porque quem produz monitores de vídeo no Estado de São
Paulo paga 7% de ICMS.
Ontem, representantes da
indústria e da Secretaria da Fazenda participaram de uma
reunião para discutir o assunto.
"Não houve conclusão", afirma
Lawrence Larroyd Tancredo,
advogado especializado em assuntos tributários, que assessora a Samsung nesse caso.
Na sua avaliação, com a Resolução nº 46, a Fazenda paulista
"estabelece nitidamente diferença tributária em razão da
procedência de bens. Esse tratamento desigual beneficia a
indústria paulista em detrimento dos fabricantes instalados em outras regiões do país,
como a região em que está a Zona Franca de Manaus".
Aumentos
Segundo ele, se o governo
paulista não voltar atrás, vai haver aumento de preço de monitores, que será transferido para
o consumidor. Se essa situação
se confirmar, o governo federal
também vai sofrer as conseqüências, já que tem um programa que considera a compra
de monitores.
"A resolução foi um dos últimos atos do governo do ex-governador Geraldo Alckmin
[PSDB]", conta.
Procurada pela Folha, a Abinee (Associação Brasileira da
Indústria Elétrica e Eletrônica)
informa, por meio de sua assessoria de imprensa, que está
acompanhando o caso e que
prefere não se pronunciar. Procurada pela Folha, a assessoria
de imprensa da Fazenda paulista não ligou de volta.
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