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BANCOS
Investimento em agências derruba lucro da Nossa Caixa
DA FOLHA ONLINE
O banco Nossa Caixa registrou um lucro líquido de R$
453,5 milhões no ano passado, o que representa uma redução de 19,7% em relação a
2005. Somente na comparação do quarto trimestre, o lucro caiu de R$ 213,8 milhões
em 2005 para R$ 35,2 milhões em 2006.
O mercado não reagiu bem
aos resultados. As ações ordinárias (com direito a voto) da
Nossa Caixa fecharam em
baixa de 3,02% ontem, negociadas a um preço de R$
45,92 na Bovespa (Bolsa de
Valores de São Paulo).
Banco controlado pelo governo do Estado de São Paulo, a Nossa Caixa justificou a
queda do lucro com a necessidade de aumentar os investimentos para administrar as
contas de servidores públicos paulistas, que fizeram
movimento de migração do
Santander Banespa para o
banco estatal nos últimos
meses.
Desde janeiro, cerca de 1,2
milhão de servidores ativos e
inativos do Estado recebem
os salários e aposentadorias
exclusivamente pela Nossa
Caixa. Durante o ano de
2006, os servidores estaduais abriram 590 mil novas
contas correntes na instituição. Ao final do ano, 92,1% do
total de funcionários do Estado já eram correntistas. O
total de clientes saltou de 4,6
milhões para 5,4 milhões no
ano passado.
Para atender a esse aumento de demanda, os investimentos em tecnologia, reforma e ampliação das agências somaram R$ 214 milhões no ano passado.
No período, a Nossa Caixa
informou que abriu 33 novas
agências, 25 postos de atendimento bancário, 278 pontos de auto-atendimento e
778 correspondentes bancários. A instituição está presente em todos os 645 municípios paulistas.
Para trabalhar nesses locais, o banco contratou no
ano passado 2.470 novos
funcionários, sendo 792 apenas no quarto trimestre.
Carteira de crédito
Os ativos totais da Nossa
Caixa cresceram 17,7% no
ano passado e atingiram R$
39,3 bilhões.
Já a carteira de crédito teve um crescimento de 17,9%
e alcançou R$ 7,2 bilhões, um
resultado considerado pelo
banco em linha com expansão do mercado.
Entre os grandes bancos
brasileiros, já divulgaram os
resultados o Itaú (ganho de
R$ 4,3 bilhões considerando
os feitos de amortização de
ágio), o Bradesco (R$ 5,05 bilhões), o Banespa (R$ 1,26 bilhão) e o ABN-Amro (R$ 2 bilhões).
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