|
Próximo Texto | Índice
MERCADO ABERTO
Liquigás discute parceria com rivais
A Liquigás, controlada pela BR
Distribuidora, deu partida
ontem a um novo plano de
investimento para tentar
baixar o preço do gás. A empresa,
a terceira maior do país no setor,
investirá neste ano R$ 60 milhões
para tentar uma série de melhorias na produção e na logística e,
assim, baratear o botijão de gás.
Dentro desse processo de busca de ganhos de produtividade, a
Liquigás tem conversado com
outras empresas do setor com o
objetivo de encontrar formas de
realizarem operações conjuntas,
como a exploração de parques de
engarrafamento comuns. As negociações estão bem avançadas e
podem ser concluídas em breve.
O novo plano estratégico foi
confirmado ontem por Rodolfo
Landim, presidente da BR e do
conselho de administração da Liquigás. Segundo ele, as empresas
têm que ser concorrentes na área
comercial, mas, na produção,
elas precisam encontrar meios
para baratear o custo.
As principais empresas do setor são a Ultragaz, com 24,8% do
mercado, a SHV, com 23%, a Liquigás, com 21,8%, e a Nacional
Gás Butano, com 19,8%. Todas
participam das conversas.
Em reunião do conselho ontem, a Liquigás também aprovou
um novo plano de marketing,
com um novo logotipo e uma nova campanha, cujo slogan será "a
energia que leva vida aos brasileiros". A Liquigás quer disputar a
liderança do mercado.
A empresa foi criada no início
do ano com os ativos nesse setor
da Agip no Brasil e os da própria
BR Distribuidora.
A empresa da BR também pretende montar um plano para
combater a informalidade do
mercado, principalmente nas revendas. São cerca de 200 mil revendedores informais que existem no mercado.
Nos últimos dias, tem circulado a notícia de que Landim poderia ocupar uma diretoria na
Petrobras. Ele nega os boatos. "O
meu objetivo é fazer a maior inclusão possível na Liquigás."
CASO KROLL
Daniel Dantas e Carla Cicco
(Brasil Telecom) foram intimados pela Polícia Federal a depor
no caso Kroll. Um delegado da
PF de Brasília viajou ontem ao
Rio para colher os depoimentos. Dantas e Cicco alegaram
que estão no exterior e não depuseram. Outros personagens
no caso serão ouvidos.
REFORÇO
A TAM recebeu um novo
Airbus A320 e, no fim de semana, obterá outro igual. A empresa passará a ter 46 aeronaves da família A319/320. Os
A320 serão para rotas domésticas, Buenos Aires e Santiago.
BAIXO IMPACTO
A alta de 6,8% do dólar em
março não deve ter forte impacto na inflação, diz Fernando
de Holanda Barbosa, da FGV-RJ. O economista afirma que o
"pass through" (repasse aos
preços da variação do câmbio)
é baixo no país e que a alta deve
ser sentida só no atacado.
LIDERANÇA
Segundo dados da AC/Nielsen de fevereiro, a Skol possui
uma participação de mercado
de 33,2%. A Antarctica está em
terceiro (11,3%).
FOCO NA INBEV
O empresário Jorge Paulo Lemann decidiu sair dos conselhos de administração da Gillette e da Swiss Re. Na semana
passada, ele informou o fato à
Gillette. Em maio, será a vez da
Swiss Re. Lemann está desde 98
no conselho das duas, mas decidiu se afastar para se concentrar exclusivamente na InBev.
Ele só continuará nos conselhos de Harvard e da DaimlerChrysler, cujas reuniões
ocorrem uma vez ao ano.
SER OU NÃO SER
A quarentena do ex-presidente do Banco do Brasil Cassio Casseb termina na próxima
semana. O ex-presidente ainda
não decidiu para onde irá depois disso. "Estou namorando
várias empresas, mas ainda não
casei com ninguém", afirmou.
Por enquanto, Casseb tem utilizado o escritório do seu ex-sócio e ex-presidente da Petrobras Henri Philippe Reichstul.
Casseb afirma que não será sócio de Reichstul novamente.
RECEITA DE HOTEL
Café da manhã como cortesia
é o que mais pesa na decisão de
escolha em um hotel cinco estrelas, seguido de "late check-out" (saída do apartamento depois das 18h) e uma diária gratuita a cada dez pagas. Foi o que
apontou uma pesquisa realizada em fevereiro entre os hóspedes do hotel Clarion Jardim Europa. O empreendimento de
luxo é administrado pela rede
Atlantica Hotels International,
em São Paulo.
ANO POSITIVO
As empresas de capital aberto reduziram em 2004 seu endividamento, segundo um levantamento com 85 companhias
que divulgaram o balanço até o
dia 8, excluídos a Petrobras e o
setor bancário. A média da relação dívida bruta sobre o patrimônio líqüido caiu pelo segundo ano, para 75,7%, e a mediana, para 64,6%. O analista Gustavo Pedreira, da ABM Consulting, cita como razões a melhora nos resultados das empresas,
o custo menor de endividamento, com juro e dólar em níveis
médios abaixo dos de 2003, e a
maior facilidade para captar no
exterior, a juros menores.
BOM PRA CACHORRO
O crescimento da população de animais de estimação
e a maior preocupação dos
donos com a saúde de seus
bichos têm ajudado o setor
das pet shops a crescer 20%
ao ano, de acordo com estudo do Sebrae/SP.
No Pet Center, uma pet
shop com mais de 4.000 metros quadrados de área, a alta nas vendas em 2004 passou de 80%, de acordo com
Sergio Zimerman, coordenador geral da loja.
Mas o crescimento não se
limita às lojas. A confecção
de roupas para cães Boomer
Dog Wear exportou 5.000
peças em 2004 para Estados
Unidos, Portugal, Espanha e
Japão, contra 2.000 unidades no ano anterior.
GUILHERME BARROS, com Marcelo Pinho e Marcelo Sakate
E-mail - guilherme.barros@uol.com.br
Próximo Texto: SP concentra 1/3 do consumo nacional Índice
|