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PRODUÇÃO
Paraná e Espírito Santo foram destaque em janeiro
Indústria tem ritmo maior em 12 de 14 áreas pesquisadas, diz IBGE
PEDRO SOARES
DA SUCURSAL DO RIO
Impulsionada pelo maior dinamismo das exportações e da fabricação de bens de consumo, a indústria apresentou, em janeiro,
um maior ritmo de produção em
12 das 14 áreas pesquisadas pelo
IBGE (Instituto de Brasileiro de
Geografia e Estatística).
Em janeiro, os crescimentos
mais vigorosos ocorreram no Pará (10,7%) e no Espírito Santo
(10,1%), beneficiados, respectivamente, pela extração de minério
de ferro e pela produção de aço. A
indústria paulista registrou expansão de 1,7%, puxada pelos ramos de farmacêutica e edição e
impressão.
Essas três áreas resumem o desempenho da indústria em janeiro, que cresceu onde há uma
maior presença de setores ligados
ao mercado externo, especialmente produtores de commodities, e à fabricação de bens de consumo duráveis (TVs, celulares e
veículos) e não-duráveis (remédios e combustíveis).
De acordo com Isabela Nunes,
gerente responsável pela pesquisa
do IBGE, o incremento da massa
salarial e a contínua melhora das
condições de crédito explicam o
desempenho favorável dos bens
de consumo.
Já os bons resultados das exportações, a despeito da valorização
do real, contribuem para um
avanço da produção de ramos como minério de ferro e celulose.
"Os números mostram que a indústria estava mais aquecida em
janeiro do que no últimos trimestre de 2005 e as exportações e a
produção de bens de consumo
puxaram o desempenho do setor", disse Nunes.
A gerente ressaltou que 13 das 14
regiões apresentaram incremento
no ritmo de produção em janeiro
na comparação com o último trimestre de 2005. Só houve dinamismo menor em Pernambuco.
Acomodação
Em relação a dezembro, a produção industrial caiu 1,3% na taxa
média nacional livre de efeitos sazonais, embora a indústria tenha
crescido 3,2% ante janeiro de
2005. A queda de dezembro para
janeiro foi interpretada, porém,
como uma acomodação, já que
nos três meses anteriores a produção havia crescido com força.
Devido a questões metodológicas, o IBGE não calcula a taxa com
ajuste sazonal para as regiões.
Com o mesmo padrão de crescimento das áreas que lideraram
em janeiro (ou seja, puxado por
exportações e bens de consumo),
as indústrias de Amazonas e Bahia registraram expansão de 5,6%
e 6,6%, respectivamente.
Na primeira, os maiores impactos positivos vieram de material
eletrônico (TV) e de comunicação
(celulares) e equipamentos de
transporte (motos). Já na Bahia,
os destaques ficaram com refino
de petróleo e celulose e papel.
Na outra ponta, a produção caiu
no Rio Grande do Sul (2%) e Paraná (5,3%), prejudicados pela
queda na fabricação de máquinas
e equipamentos e veículos automotores, respectivamente.
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