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Produção com pouca tecnologia segura qualidade
DA REPORTAGEM LOCAL
O Brasil se especializou em
produtos intermediários com
pouco conteúdo tecnológico e,
portanto, necessita de mão-de-obra de pouca qualificação, o
que acaba se refletindo no indicador de qualidade do emprego
no país.
Essa é a avaliação de Fabio
Silveira, sócio-diretor da RC
Consultores, sobre o indicador
de qualidade e o de quantidade
do emprego criado pelo Cesit
da Unicamp.
"O Brasil optou pela produção de bens industriais de baixo
valor, e isso tem reflexo sobre a
qualidade do emprego. Mas isso não é um fenômeno de hoje,
é algo que ocorre no país há
mais de dez anos. O perfil ocupacional guarda um vínculo
com o valor intrínseco do bem
comercializado", afirma Silveira.
Na sua avaliação, o Brasil
vem se fortalecendo na produção de bens de alto grau tecnológico, mas isso ainda não teve
reflexo no emprego global.
"Se o país optou por fazer
produtos poucos sofisticados,
não precisa de mão-de-obra
qualificada, que tem maior grau
de escolaridade e salários mais
elevados. O indicador de qualidade do emprego só vai melhorar quando a produção exigir
trabalho mais qualificado e remunerado", diz ele.
(FF)
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