São Paulo, sexta-feira, 16 de março de 2007

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Produção com pouca tecnologia segura qualidade

DA REPORTAGEM LOCAL

O Brasil se especializou em produtos intermediários com pouco conteúdo tecnológico e, portanto, necessita de mão-de-obra de pouca qualificação, o que acaba se refletindo no indicador de qualidade do emprego no país.
Essa é a avaliação de Fabio Silveira, sócio-diretor da RC Consultores, sobre o indicador de qualidade e o de quantidade do emprego criado pelo Cesit da Unicamp.
"O Brasil optou pela produção de bens industriais de baixo valor, e isso tem reflexo sobre a qualidade do emprego. Mas isso não é um fenômeno de hoje, é algo que ocorre no país há mais de dez anos. O perfil ocupacional guarda um vínculo com o valor intrínseco do bem comercializado", afirma Silveira.
Na sua avaliação, o Brasil vem se fortalecendo na produção de bens de alto grau tecnológico, mas isso ainda não teve reflexo no emprego global.
"Se o país optou por fazer produtos poucos sofisticados, não precisa de mão-de-obra qualificada, que tem maior grau de escolaridade e salários mais elevados. O indicador de qualidade do emprego só vai melhorar quando a produção exigir trabalho mais qualificado e remunerado", diz ele. (FF)


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