São Paulo, sexta-feira, 16 de março de 2007

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Fábricas de celulares agora miram reposição

Mercado de troca deve atingir 70% das vendas de aparelhos neste ano, prevista em 33,5 mi de unidades

DEISE DE OLIVEIRA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O segmento de telefones celulares trabalha com um cenário novo neste ano: um mercado de reposição maior que o de novos clientes. Da venda estimada de 33,5 milhões de aparelhos em 2007, quase 70% será para a troca do equipamento.
A dinâmica aproxima os fabricantes do varejo e de consumidores que buscam não mais uma linha, mas tecnologia.
"O mercado de reposição passa pela convergência tecnológica. São consumidores acostumados com o uso do aparelho, mas buscam experiências novas", diz o diretor de vendas da Nokia, Gustavo Jaramillo.
Para os fabricantes, a expansão da base de clientes depende da disposição das operadoras, mas que o foco, agora, mira o mercado de reposição.
"É a primeira vez que os fabricantes têm a oportunidade e a responsabilidade de trabalhar diretamente uma fatia significativa do mercado, de quem já tem a linha, principalmente o pré-pago, e que deseja trocar o aparelho", diz Alexandre Jesus, diretor comercial da LG. Ele pondera que "as operadoras terão papel importante e complementar", sobretudo na fidelização de clientes de pós-pago.
A LG planeja para este ano a abertura dos primeiros 50 pontos-de-venda de celulares, em que o cliente poderá experimentar e comprar aparelhos. "É uma forma de influenciar na compra", diz Jesus.
A estratégia mundial da Nokia prevê lojas próprias (são seis pelo mundo), mas nenhuma no Brasil. Segundo Jaramillo, a empresa estuda a abertura de unidades brasileiras.
A Motorola possui lojas próprias em outros países, mas a maior parte delas funciona dentro de outros estabelecimentos -como no caso do Brasil. Há quatro meses, a empresa ampliou a atuação dos estandes de exposição para pontos-de-venda próprios dentro de lojas das operadoras. "Quando 80% do produto passa pelo varejo, tem de ampliar a interatividade e se aproximar do consumidor", diz o presidente da Motorola no Brasil, Enrique Ussher.
Segundo Jesus, a LG vai triplicar os investimentos no segmento de celular neste ano para intensificar a presença nos pontos-de-venda. "Vamos destinar 40% a marca e institucional e 60% a ponto-de-venda e campanhas promocionais", diz Jesus.
Durante apresentação da linha de produtos da LG Eletronics, ontem em São Paulo, o vice-presidente da empresa, Cesar Byun, anunciou que, além do investimento de cerca de US$ 30 milhões na ampliação das fábricas de celular e televisão de LCD, a empresa investirá US$ 100 milhões em ações de marketing neste ano. (DO)


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