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Fábricas de celulares agora miram reposição
Mercado de troca deve atingir 70% das vendas de aparelhos neste ano, prevista em 33,5 mi de unidades
DEISE DE OLIVEIRA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
O segmento de telefones celulares trabalha com um cenário novo neste ano: um mercado de reposição maior que o de
novos clientes. Da venda estimada de 33,5 milhões de aparelhos em 2007, quase 70% será
para a troca do equipamento.
A dinâmica aproxima os fabricantes do varejo e de consumidores que buscam não mais
uma linha, mas tecnologia.
"O mercado de reposição
passa pela convergência tecnológica. São consumidores acostumados com o uso do aparelho, mas buscam experiências
novas", diz o diretor de vendas
da Nokia, Gustavo Jaramillo.
Para os fabricantes, a expansão da base de clientes depende
da disposição das operadoras,
mas que o foco, agora, mira o
mercado de reposição.
"É a primeira vez que os fabricantes têm a oportunidade e
a responsabilidade de trabalhar
diretamente uma fatia significativa do mercado, de quem já
tem a linha, principalmente o
pré-pago, e que deseja trocar o
aparelho", diz Alexandre Jesus,
diretor comercial da LG. Ele
pondera que "as operadoras terão papel importante e complementar", sobretudo na fidelização de clientes de pós-pago.
A LG planeja para este ano a
abertura dos primeiros 50 pontos-de-venda de celulares, em
que o cliente poderá experimentar e comprar aparelhos.
"É uma forma de influenciar na
compra", diz Jesus.
A estratégia mundial da Nokia prevê lojas próprias (são
seis pelo mundo), mas nenhuma no Brasil. Segundo Jaramillo, a empresa estuda a abertura
de unidades brasileiras.
A Motorola possui lojas próprias em outros países, mas a
maior parte delas funciona
dentro de outros estabelecimentos -como no caso do Brasil. Há quatro meses, a empresa
ampliou a atuação dos estandes
de exposição para pontos-de-venda próprios dentro de lojas
das operadoras. "Quando 80%
do produto passa pelo varejo,
tem de ampliar a interatividade
e se aproximar do consumidor", diz o presidente da Motorola no Brasil, Enrique Ussher.
Segundo Jesus, a LG vai triplicar os investimentos no segmento de celular neste ano para intensificar a presença nos
pontos-de-venda. "Vamos destinar 40% a marca e institucional e 60% a ponto-de-venda e
campanhas promocionais", diz
Jesus.
Durante apresentação da linha de produtos da LG Eletronics, ontem em São Paulo, o vice-presidente da empresa, Cesar Byun, anunciou que, além
do investimento de cerca de
US$ 30 milhões na ampliação
das fábricas de celular e televisão de LCD, a empresa investirá US$ 100 milhões em ações
de marketing neste ano.
(DO)
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