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Arrecadação de impostos cairá no ano que vem
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Mesmo que a prorrogação da
CPMF (imposto do cheque) seja
aprovada, o próximo governo poderá contar com menos R$ 2,8 bilhões em receitas de impostos no
primeiro ano de mandato em relação à arrecadação prevista para
este ano. A receita total foi projetada em R$ 322 bilhões para 2003.
De acordo com o Ministério do
Planejamento, essa perda resultaria do fim do aumento de alguns
tributos. A única alternativa para
o sucessor de FHC não enfrentar
o problema é o Congresso prorrogar o aumento desses tributos.
Estão nessa situação a redução
da alíquota máxima do Imposto
de Renda da Pessoa Física, de
27,5% para 25%, e a redução da
CSLL (Contribuição Social sobre
o Lucro Líquido), de 9% para 8%.
A primeira resultará em uma perda de R$ 1,7 bilhão, e a segunda,
de R$ 1,1 bilhão.
Além disso, o governo ainda poderá perder R$ 300 milhões
anuais se o aumento da CSLL para as empresas prestadoras de serviço não for aprovado. O aumento está previsto na medida provisória que corrigiu a tabela do IR no começo deste ano.
Imposto de Renda
O aumento da alíquota do IR,
aplicada hoje para quem ganha
mais de R$ 2.115, começou a vigorar em 98 e foi prorrogado por
dois anos em 2000. Já a elevação
da CSLL aconteceu em 99 para
compensar parte da perda de arrecadação com a derrubada da
contribuição previdenciária dos
servidores inativos pelo STF (Supremo Tribunal Federal).
Outro risco fiscal para 2003 é a
possibilidade de o PIB não crescer
4% como previsto. Cada 0,5 ponto percentual de queda no PIB significa menos R$ 1,6 bilhão em receita de impostos.
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