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OUTRO LADO
Só um banco reconhece que há problemas
SANDRA BALBI
DA REPORTAGEM LOCAL
A reação dos três bancos que
lideram o ranking de reclamações de clientes, divulgado ontem pelo BC (Banco Central),
variou do comentário burocrático, no caso do Santander e do
ABN-Amro, ao "mea-culpa",
do HSBC.
O Grupo Santander/Banespa,
líder do ranking, "reconhece
como legítima e válida toda e
qualquer manifestação de seus
clientes, motivo para reduzir,
cada vez mais, o número de reclamações e aprimorar a excelência da qualidade no atendimento", segundo nota oficial.
O HSBC, segundo no índice
de queixas dos clientes, foi o
único a "reconhecer a existência de alguns problemas no
atendimento ao público" e diz
que "está trabalhando arduamente para melhorar seus sistemas e processos operacionais", informa nota do HSBC.
Internamente, porém, a conversa é bem mais dura: o próprio presidente do banco, Michael Geoghegan, anda preocupado com as reclamações
que chegam via SAC (Serviço
de Atendimento ao Consumidor), Procon e BC e, segundo
seus assessores, determinou
que todas as queixas sejam encaminhadas à sua mesa.
Geoghegan considera "injustificável" o atual volume de reclamações. Sua meta é chegar
perto do desempenho da matriz onde, em março, só foi registrada uma queixa de cliente.
Uma senhora encaminhou ao
HSBC Bank UK uma carta reclamando que não conseguia
enxergar as minúsculas letras
do contrato do cartão de crédito. Detalhe: a queixa foi feita
em forma de poesia. O banco
desculpou-se, também em versos, e enviou-lhe uma caixa de
vinho.
O terceiro banco no ranking
das reclamações, o ABN-Amro, disse em nota oficial que
"dada a diversidade de necessidades e o número de clientes
atendidos, ainda registram-se
ocorrências [reclamações], as
quais são atendidas e solucionadas dentro dos critérios e
medidas mais adequadas, de
conformidade com as instruções normativas, bem como
com a filosofia de atuação do
banco, baseada em respeito e
atenção a todos".
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