|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
FALSIFICAÇÃO
Operação é tida como "a maior do mundo"
Receita Federal destrói toneladas de produtos piratas e tenta o "Guinness"
FAUSTO SIQUEIRA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SANTOS
A Receita Federal começou a
destruir ontem 678,5 toneladas de
produtos falsificados, avaliados
em R$ 19,8 milhões, apreendidos
desde maio do ano passado por
fiscais da Alfândega no porto de
Santos, o maior do país.
A operação de inutilização das
mercadorias piratas -isqueiros,
cosméticos, lâmpadas, relógios,
mochilas, tênis, estojos, roupas,
brinquedos, televisores e jogos
eletrônicos- vai durar quase
dois meses e é classificada pela
Receita como a maior do gênero
já realizada no mundo.
O secretário da Receita Federal,
Everardo Maciel, que esteve ontem no porto, disse que o trabalho
estava sendo documentado para
posterior envio de um relatório ao
"Guinness", o livro dos recordes.
A publicidade dada à operação,
porém, foi uma tentativa de demonstrar às empresas multinacionais detentoras de marcas cujos direitos de propriedade foram
violados que o governo tem preocupação em reprimir essa prática.
O Brasil integra a "Watch List"
(lista de vigilância) dos EUA, que
relaciona países cujos esforços de
proteção à propriedade industrial
são considerados insuficientes. Se
passar à "Priority Watch List", o
país corre o risco de sofrer embargos comerciais dos EUA, segundo
o advogado José Henrique Vasi
Werner, do Dannemann Siemsen, Bigler & Ipanema Moreira,
escritório que representante de
empresas como Time Warner,
Disney e Hanna-Barbera. Estimativa do escritório indicam que as
perdas de empresas nacionais e
multinacionais com o comércio
pirata no chegam US$ 7,3 bilhões
por ano -US$ 2,2 bilhões deixam de ser recolhidos aos cofres
públicos na forma de impostos.
Texto Anterior: Outro lado: Só um banco reconhece que há problemas Próximo Texto: Aviação: Promoção da Gol na internet corta passagem aérea SP-RJ para R$ 98 Índice
|