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São Paulo, quarta-feira, 16 de abril de 2003

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Alimentos impedem queda maior do IGP-M na segunda prévia de abril

DA SUCURSAL DO RIO

Mesmo em queda, a inflação ainda dá sinais de resistência, impulsionada pelos aumentos dos preços dos alimentos no varejo. É o que indica a segunda prévia do IGP-M (Índice Geral de Preços -Mercado) de abril, divulgada ontem pela FGV (Fundação Getúlio Vargas).
O índice geral caiu: ficou em 0,86% na segunda prévia de abril, contra 1,73% em igual período de março.
O IPC (Índice de Preços ao Consumidor), porém, aumentou de 0,97% para 1,17%, interrompendo uma trajetória de queda iniciada em dezembro de 2002.
Os vilões da inflação foram os alimentos, que subiram, em média, de 1,42% em março para 1,92% em abril.
Entre os preços que tiveram os maiores aumentos estão os do tomate (41,88%), da cebola (21,20%) e da batata (8,02%). O tomate foi o produto que deu a maior contribuição individual para a inflação apurada pelo IPC.
A inflação do grupo saúde também pesou no bolso do consumidor. Influenciado pela alta dos medicamentos, subiu de 0,59% para 2,36%. Entre os maiores aumentos, estão os dos antiinflamatórios, os dos analgésicos e os dos antitérmicos.
O IGP-M só encontrou espaço para cair por causa da redução dos preços no atacado. O IPA (Índice de Preços por Atacado) registrou uma queda de 0,47 ponto percentual, passando de 1,21% em março para 0,74% em abril.
É um reflexo da redução recente do dólar, que diminuiu os custos principalmente do produtos industriais.
Como o IPA representa 60% do IGP-M, sua queda influencia mais o índice. Os outros índices que compõem o IGP-M são o IPC e o INCC (Índice Nacional do Custo da Construção).
Com o resultado anunciado ontem, o IGP-M acumula uma alta de 32,88% nos últimos 12 meses. No ano, a inflação está em 7,19%.


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