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Dados circulam desde o final de 2007
DA SUCURSAL DO RIO
As informações sobre o potencial da área de exploração
conhecida como Carioca (bloco
BM-S-9) circulam entre analistas do setor, consultores e publicações estrangeiras desde o
fim do ano passado.
A própria ANP, em nota, afirmou que a informação sobre o
potencial do campo Carioca já
havia sido publicada na coluna
"What's New in Exploration",
na edição de fevereiro da revista "World Oil" -uma publicação especializada sediada em
Houston, no Texas.
No texto, o jornalista Arthur
Berman relata a descoberta de
três campos gigantes no litoral
brasileiro, Tupi, Júpiter e Carioca: "Se os relatos sobre o tamanho potencial da estrutura
de Carioca/Pão-de-Açúcar se
mostrarem corretos, com a estimativa de 33 bilhões de barris
de óleo (a média entre 25 bilhões e 40 bilhões de barris), e
as reservas estimadas de Tupi e
Júpiter forem precisas, em 6,5
bilhões de barris cada uma (a
média entre 5 bilhões e 8 bilhões), o Carioca/Pão-de-Açúcar seria o terceiro maior campo de óleo do mundo".
Antes, no dia 17 de dezembro,
o site norte-americano "Next
Energy News" relatou que a Petrobras havia descoberto o
maior campo de petróleo dos
últimos 30 anos, com potencial
cinco vezes maior do que o verificado em Tupi. A publicação
credita a funcionários da estatal brasileira a informação de
que o campo Pão-de-Açúcar
poderá produzir até 40 bilhões
de barris de petróleo.
Também em dezembro, no
dia 11, a agência de notícias especializada em negócios "Business News Americas" relatou a
existência de duas áreas de exploração na bacia de Santos que
poderiam ser maiores do que o
campo de Tupi -e credita a informação a um relatório do
banco de investimento UBS
Pactual, divulgado em dezembro. Além do UBS Pactual, o
Crédit Suisse também distribuiu, em novembro, um relatório sobre a Petrobras intitulado
"O novo paradigma da exploração". O texto detalha as principais ações de exploração da estatal em quatro campos do pré-sal: Tupi, Caxaré, Pirambu e
Carioca.
Uma das fontes de informação mais utilizadas pelos jornalistas que cobrem o setor nos
Estados Unidos são os relatórios da IHS, uma consultoria
com sede em Englewood, no
Colorado. Ela produz relatórios, artigos e estudos sobre diversas indústrias -da aeroespacial à do petróleo-, cobrindo
a atuação de empresas em todo
o mundo. Mas muitas dessas
informações não estão abertas
ao público, são vendidas. Por
meio da IHS, é possível acompanhar as atividades de exploração da Petrobras na bacia de
Santos, por exemplo. O serviço
pode custar até US$ 5.000 por
ano.
(ROBERTO MACHADO)
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