São Paulo, quarta-feira, 16 de abril de 2008

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Dados circulam desde o final de 2007

DA SUCURSAL DO RIO

As informações sobre o potencial da área de exploração conhecida como Carioca (bloco BM-S-9) circulam entre analistas do setor, consultores e publicações estrangeiras desde o fim do ano passado.
A própria ANP, em nota, afirmou que a informação sobre o potencial do campo Carioca já havia sido publicada na coluna "What's New in Exploration", na edição de fevereiro da revista "World Oil" -uma publicação especializada sediada em Houston, no Texas.
No texto, o jornalista Arthur Berman relata a descoberta de três campos gigantes no litoral brasileiro, Tupi, Júpiter e Carioca: "Se os relatos sobre o tamanho potencial da estrutura de Carioca/Pão-de-Açúcar se mostrarem corretos, com a estimativa de 33 bilhões de barris de óleo (a média entre 25 bilhões e 40 bilhões de barris), e as reservas estimadas de Tupi e Júpiter forem precisas, em 6,5 bilhões de barris cada uma (a média entre 5 bilhões e 8 bilhões), o Carioca/Pão-de-Açúcar seria o terceiro maior campo de óleo do mundo".
Antes, no dia 17 de dezembro, o site norte-americano "Next Energy News" relatou que a Petrobras havia descoberto o maior campo de petróleo dos últimos 30 anos, com potencial cinco vezes maior do que o verificado em Tupi. A publicação credita a funcionários da estatal brasileira a informação de que o campo Pão-de-Açúcar poderá produzir até 40 bilhões de barris de petróleo.
Também em dezembro, no dia 11, a agência de notícias especializada em negócios "Business News Americas" relatou a existência de duas áreas de exploração na bacia de Santos que poderiam ser maiores do que o campo de Tupi -e credita a informação a um relatório do banco de investimento UBS Pactual, divulgado em dezembro. Além do UBS Pactual, o Crédit Suisse também distribuiu, em novembro, um relatório sobre a Petrobras intitulado "O novo paradigma da exploração". O texto detalha as principais ações de exploração da estatal em quatro campos do pré-sal: Tupi, Caxaré, Pirambu e Carioca.
Uma das fontes de informação mais utilizadas pelos jornalistas que cobrem o setor nos Estados Unidos são os relatórios da IHS, uma consultoria com sede em Englewood, no Colorado. Ela produz relatórios, artigos e estudos sobre diversas indústrias -da aeroespacial à do petróleo-, cobrindo a atuação de empresas em todo o mundo. Mas muitas dessas informações não estão abertas ao público, são vendidas. Por meio da IHS, é possível acompanhar as atividades de exploração da Petrobras na bacia de Santos, por exemplo. O serviço pode custar até US$ 5.000 por ano. (ROBERTO MACHADO)


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