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APOSENTADORIAS
Marinho classifica projetos do Senado de "enganadores"
JULIANNA SOFIA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Depois de manter silêncio
por uma semana, o ministro
Luiz Marinho (Previdência
Social) criticou ontem o Senado por aprovar dois projetos com potencial de elevar
as despesas previdenciárias.
Classificando os projetos
de "enganadores", pois não
haveria condições de colocá-los em prática, Marinho disse esperar que a Câmara tenha "mais juízo" ao apreciar
as propostas.
"São dois projetos simplesmente para enganar os
aposentados e pensionistas
do país. Não têm a mínima
condição de serem implantados e espero que a Câmara
tenha mais juízo. Diria que
são dois projetos enganadores porque não há como viabilizá-los", disse o ministro.
De acordo com ele, a proposta do senador Paulo Paim
(PT-RS), que foi aprovada
pelos demais senadores, de
acabar com o fator previdenciário, precisa ser complementada com a introdução
de idade mínima no regime
geral de aposentadorias.
A outra proposta aprovada
pelo senadores prevê a extensão da política de valorização do salário mínimo para
todos os benefícios previdenciários. Pelas contas da
Previdência, em um ano isso
significaria gasto adicional
de R$ 4,5 bilhões. Atualmente, as despesas com benefícios estão em R$ 189 bilhões,
o que representa 7% do PIB.
Com a política atual, os
gastos subirão para 11,4% do
PIB em 2050. Se a proposta
dos senadores for confirmada pela Câmara, as despesas
subirão para 18% do PIB.
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