|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
RESULTADO
Ganho no 1º trimestre, o maior da história, se deveu à alta do petróleo, à valorização do real e a produção maior
Petrobras registra lucro recorde de R$ 5,5 bi
PEDRO SOARES
DA SUCURSAL DO RIO
A Petrobras anunciou ontem o
maior lucro trimestral da sua história. O resultado atingiu R$ 5,545
bilhões nos três primeiros meses
de 2003, com crescimento de
540% em relação aos R$ 866 milhões obtidos no primeiro trimestre de 2002. Na comparação com
o último trimestre de 2002, a expansão foi de 96%.
Três foram os fatores que impulsionaram o lucro: a alta dos
preços do petróleo no mercado
internacional, a redução de 5% da
taxa de câmbio e a elevação de 6%
da produção de petróleo e gás.
""É um lucro extraordinário,
bastante elevado", afirmou o diretor financeiro da Petrobras, José
Sergio Gabrielle.
O resultado só não foi maior
porque a companhia teve de provisionar R$ 709 milhões devido a
perdas com os investimentos em
termelétricas, sobretudo em três
unidades nas quais a Petrobras
não é sócia, mas paga pela capacidade instalada das usinas.
Somente a valorização do real
permitiu impacto positivo de R$
627 milhões no resultado da companhia, principalmente por causa
da diminuição das dívidas da empresa em moeda estrangeira.
No primeiro trimestre de 2003,
a Petrobras faturou R$ 24,5 bilhões -118% a mais do que os R$
11,2 bilhões de igual período de
2002. O ebitda (lucro antes de
amortizações, juros e impostos)
ficou em R$ 9,409 bilhões. O crescimento foi de 295% em relação
ao primeiro trimestre de 2002.
Com o resultado histórico, o
maior nos 50 anos da companhia,
o caixa disponível para investimentos subiu de R$ 11,9 bilhões
em dezembro de 2002 para R$
15,2 bilhões em março de 2003.
No primeiro trimestre a Petrobras investiu R$ 3,3 bilhões, com
um crescimento de 93% em relação a igual período de 2002.
De acordo com Gabrielle, os
maiores preços dos derivados
vendidos pela Petrobras também
influenciaram positivamente o
resultado. Ocorreram aumentos
da gasolina e do diesel na virada
do ano, além de correções mensais da nafta petroquímica, do
querosene de aviação e do óleo
combustível. No começo do ano
passado, o preço dos combustíveis com a abertura do mercado
teve queda. Só a gasolina caiu 25%
em janeiro de 2002.
Ao final do primeiro trimestre, a
Petrobras produzia 1,613 milhão
de barris de óleo equivalente
(considera petróleo e gás) por dia.
As importações líquidas (desconta o que é exportado) subiram de
326 mil barris no último trimestre
de 2002 para 388 mil barris.
Texto Anterior: O vaivém das commodities Próximo Texto: Eletrobrás tem 1º prejuízo na história Índice
|