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São Paulo, sexta-feira, 16 de maio de 2003

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RESULTADO

Ganho no 1º trimestre, o maior da história, se deveu à alta do petróleo, à valorização do real e a produção maior

Petrobras registra lucro recorde de R$ 5,5 bi

PEDRO SOARES
DA SUCURSAL DO RIO

A Petrobras anunciou ontem o maior lucro trimestral da sua história. O resultado atingiu R$ 5,545 bilhões nos três primeiros meses de 2003, com crescimento de 540% em relação aos R$ 866 milhões obtidos no primeiro trimestre de 2002. Na comparação com o último trimestre de 2002, a expansão foi de 96%.
Três foram os fatores que impulsionaram o lucro: a alta dos preços do petróleo no mercado internacional, a redução de 5% da taxa de câmbio e a elevação de 6% da produção de petróleo e gás.
""É um lucro extraordinário, bastante elevado", afirmou o diretor financeiro da Petrobras, José Sergio Gabrielle.
O resultado só não foi maior porque a companhia teve de provisionar R$ 709 milhões devido a perdas com os investimentos em termelétricas, sobretudo em três unidades nas quais a Petrobras não é sócia, mas paga pela capacidade instalada das usinas.
Somente a valorização do real permitiu impacto positivo de R$ 627 milhões no resultado da companhia, principalmente por causa da diminuição das dívidas da empresa em moeda estrangeira.
No primeiro trimestre de 2003, a Petrobras faturou R$ 24,5 bilhões -118% a mais do que os R$ 11,2 bilhões de igual período de 2002. O ebitda (lucro antes de amortizações, juros e impostos) ficou em R$ 9,409 bilhões. O crescimento foi de 295% em relação ao primeiro trimestre de 2002.
Com o resultado histórico, o maior nos 50 anos da companhia, o caixa disponível para investimentos subiu de R$ 11,9 bilhões em dezembro de 2002 para R$ 15,2 bilhões em março de 2003.
No primeiro trimestre a Petrobras investiu R$ 3,3 bilhões, com um crescimento de 93% em relação a igual período de 2002.
De acordo com Gabrielle, os maiores preços dos derivados vendidos pela Petrobras também influenciaram positivamente o resultado. Ocorreram aumentos da gasolina e do diesel na virada do ano, além de correções mensais da nafta petroquímica, do querosene de aviação e do óleo combustível. No começo do ano passado, o preço dos combustíveis com a abertura do mercado teve queda. Só a gasolina caiu 25% em janeiro de 2002.
Ao final do primeiro trimestre, a Petrobras produzia 1,613 milhão de barris de óleo equivalente (considera petróleo e gás) por dia. As importações líquidas (desconta o que é exportado) subiram de 326 mil barris no último trimestre de 2002 para 388 mil barris.


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