São Paulo, domingo, 16 de junho de 2002

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Corretoras amargam prejuízo com governo

SÉRGIO RIPARDO
DA FOLHA ONLINE

A corretora Solidez descarta deixar a Bovespa e diz que fará um aporte de capital para cobrir os prejuízos com LFT (Letras Financeiras do Tesouro, certificados, títulos, da dívida do governo federal que vem sofrendo forte desvalorização nas últimas semanas).
Ela faz parte de uma lista de instituições de pequeno porte que amargaram perdas com esses títulos nos últimos meses.
No mercado, cogita-se que uma corretora estaria prestes a vender seus títulos patrimoniais para a Bolsa, a fim de usar o dinheiro para voltar ao azul.
Nessa lista, está a corretora carioca Elite, que diz já ter feito um aporte de capital, mas demitiu um profissional autônomo, que operava no pregão da Bovespa. No entanto, pretende continuar na Bolsa paulista.
A Solidez diz que "por enquanto, está dando para sobreviver". A corretora nega ter aderido ao programa de recompra de títulos patrimoniais lançado pela Bolsa no início do ano.
Nenhuma área da corretora será desativada, afirma a instituição, que não revela o valor de seu prejuízo nem do aporte de capital. Só diz que o dinheiro para a operação sairá do bolso de "pessoa física da corretora".
A Bovespa divulga apenas que 13 corretoras aderiram ao programa de recompra dos títulos. Entre as corretoras recém-desligadas da Bovespa, segundo o mercado, estão Dias de Souza, Novação, Comercial, Supra, Status, Agenda, Ficsa, Arkhe, PlaniBanc, Mercobank, Exata (deixou a Bolsa devido à fusão com a Ágora) e Geração-Futuro (devido à fusão, ficou com títulos de apenas uma corretora).



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