São Paulo, quinta-feira, 16 de junho de 2005

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Dono da cervejaria Petrópolis é preso em São Paulo após operação

DA AGÊNCIA FOLHA, EM
SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

O presidente da Cervejaria Petrópolis, Walter Faria, foi preso ontem pela Polícia Federal, em Boituva (117 km a oeste de São Paulo), onde fica uma das fábricas da empresa -a outra fica em Petrópolis (RJ).
De acordo com a PF, recaem sobre ele as mesmas acusações dos outros detidos pela Operação Cevada -sonegação fiscal e formação de quadrilha. A PF não soube informar se havia entre os presos mais pessoas ligadas à cervejaria.
Walter Faria era proprietário de uma rede de distribuidores de produtos da Schincariol até que, em 1998, comprou a Cervejaria Petrópolis. No ano seguinte, adquiriu a Crystal, uma cervejaria artesanal localizada em Boituva.
Faria atribuía aos impostos o maior empecilho para a concorrência no setor. O presidente da Petrópolis chegou a se reunir com a Receita para sugerir mudanças na cobrança do IPI, que, segundo ele, beneficiava a AmBev.
As marcas Crystal e Itaipava respondiam, em maio, por 5,17% do mercado de cerveja do país. Nos últimos anos, tem crescido a participação de mercado da empresa. Há dois anos, a taxa era de 2,9%. Em 2004, as vendas da empresa, que tem 1.300 funcionários, atingiram R$ 169 milhões.
No ano passado, a AmBev lançou uma cerveja, a Serrana, para ocupar o mesmo nicho de mercado da Petrópolis.
Procurada pela reportagem, a direção de marketing da Petrópolis disse não saber da prisão do presidente do grupo. Nenhum dos diretores da empresa foi encontrado para comentar a prisão.
A empresa negocia com governos de diversos Estados, como Minas Gerais e Goiás, a concessão de incentivos fiscais para a construção de sua terceira fábrica.


Colaborou Marcelo Pinho, da Redação


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