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Dono da cervejaria Petrópolis é
preso em São Paulo após operação
DA AGÊNCIA FOLHA, EM
SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
O presidente da Cervejaria Petrópolis, Walter Faria, foi preso
ontem pela Polícia Federal, em
Boituva (117 km a oeste de São
Paulo), onde fica uma das fábricas
da empresa -a outra fica em Petrópolis (RJ).
De acordo com a PF, recaem sobre ele as mesmas acusações dos
outros detidos pela Operação Cevada -sonegação fiscal e formação de quadrilha. A PF não soube
informar se havia entre os presos
mais pessoas ligadas à cervejaria.
Walter Faria era proprietário de
uma rede de distribuidores de
produtos da Schincariol até que,
em 1998, comprou a Cervejaria
Petrópolis. No ano seguinte, adquiriu a Crystal, uma cervejaria
artesanal localizada em Boituva.
Faria atribuía aos impostos o
maior empecilho para a concorrência no setor. O presidente da
Petrópolis chegou a se reunir com
a Receita para sugerir mudanças
na cobrança do IPI, que, segundo
ele, beneficiava a AmBev.
As marcas Crystal e Itaipava
respondiam, em maio, por 5,17%
do mercado de cerveja do país.
Nos últimos anos, tem crescido a
participação de mercado da empresa. Há dois anos, a taxa era de
2,9%. Em 2004, as vendas da empresa, que tem 1.300 funcionários,
atingiram R$ 169 milhões.
No ano passado, a AmBev lançou uma cerveja, a Serrana, para
ocupar o mesmo nicho de mercado da Petrópolis.
Procurada pela reportagem, a
direção de marketing da Petrópolis disse não saber da prisão do
presidente do grupo. Nenhum
dos diretores da empresa foi encontrado para comentar a prisão.
A empresa negocia com governos de diversos Estados, como
Minas Gerais e Goiás, a concessão
de incentivos fiscais para a construção de sua terceira fábrica.
Colaborou Marcelo Pinho,
da Redação
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