DA REPORTAGEM LOCAL

O Ministério Público do Estado de São Paulo solicitou à polícia a abertura de inquérito criminal contra a AmBev para investigar possível abuso de poder econômico. A medida foi tomada depois que a instituição recebeu representação enviada por cinco unidades da rede de choperias Braumeister.
Hoje, a AmBev têm 11 ações judiciais contra a Braumeister -na mais recente delas, a cervejaria pede indenização por danos morais em conseqüência do que alega ser uma "campanha" da rede de bares para denegrir sua imagem em órgãos como a Secretaria de Direito Econômico e a CVM (Comissão de Valores Mobiliários).
A Braumeister, que tinha contratos de exclusividade para a venda de chope da empresa (quatro anteriores à fusão e um posterior), entende que, como condição imposta pelo Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) para sua criação, a AmBev abriu mão do direito de exigir essa exclusividade de todos os pontos-de-venda com quem negociava seus produtos.
Para a AmBev, o direito à exclusividade, no caso da Braumeister, não foi perdido.
Com ou sem razão, a choperia passou a vender chope próprio em suas lojas. A fabricante da Brahma reagiu: retirou todos os equipamentos que havia cedido à rede em comodato, como os que gelam a bebida.
"Somos Davi lutando contra o gigante Golias", diz Luis Carlos Pascual, advogado da Braumeister. Segundo ele, a rede parou de comprar chope depois que a fábrica aumentou os preços em 68%, com inflação de 13%. (BL)


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