São Paulo, sexta-feira, 16 de junho de 2006

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No 1º tri, Argentina cresce 8,6%, puxada por indústria e construção

Resultado leva país a alcançar quatro anos ininterruptos de expansão do PIB

DA REDAÇÃO

A economia argentina cresceu 8,6% no primeiro trimestre deste ano em relação ao mesmo período do ano passado, informou ontem o Indec, o órgão de estatísticas do país. O Brasil, usando o mesmo tipo de comparação, cresceu 3,4% no trimestre passado.
A indústria foi o motor do crescimento no país vizinho, juntamente com a construção civil. O setor industrial cresceu 8,5%, enquanto o de construção alcançou taxa de crescimento de 24,1%, novamente, sempre na comparação com o primeiro trimestre do ano passado.
Com o resultado registrado no primeiro trimestre, a Argentina acumula quatro anos seguidos de crescimento ininterrupto, ou 16 trimestres. Os dados mostram que a economia do país vizinho mantém o vigor com que vem crescendo nos últimos anos. Em 2003, primeiro ano de recuperação após a crise sem precedentes que atingiu o país, o crescimento foi de 8,7%. Tanto em 2004 quanto em 2005 a economia cresceu cerca de 9% ao ano.
O PIB (Produto Interno Bruto) argentino é hoje 37,5% maior do que em 2002, ano em que a economia encolhera quase 10%. Na prática, o país vizinho já recuperou as perdas causadas pela crise que antecedeu e se seguiu ao calote da dívida externa. Hoje, a economia já cresceu 9,8% em relação ao pico atingido pelo PIB do país, no segundo trimestre de 1998.
Para este ano, o governo fez todas as suas contas considerando um crescimento de cerca de 4%. Os números mostram que 2006 começou realmente com um ritmo menor de crescimento, o que, no entanto, não preocupa economistas. Em relação ao final do ano passado, a taxa de crescimento da economia foi de 1,2%. Parte importante dos analistas diz avaliar que é saudável para o país crescer um pouco menos para evitar pressões inflacionárias.
Um sinal positivo do ponto de vista do combate à inflação: o investimento cresceu 22,8% em relação ao primeiro trimestre de 2005, impulsionado pela alta de aplicações em construção civil (23%) e em compra de novos equipamentos e máquinas (crescimento de 22,6%).


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